Memorial

Maria do Socorro Marques Dantas

Memorial

Maria do Socorro Marques Dantas

Capítulos de uma História

Origem

Maria do Socorro Marques Dantas – Socorro Marques, como ficou conhecida – nasceu, em 19 de março de 1934, na Fazenda Maravilha, que na época pertencia ao município de Pombal – PB, posteriormente passando a compor o município de Paulista, também na Paraíba. Ainda muito jovem, passou a morar em Desterro de Malta, onde, por decisão de seus pais, foi naturalizada.

Mais tarde, Desterro de Malta passou a se chamar Vista Serrana, uma cidade encantadora, rodeada de serras, no sertão paraibano.

Casa da Família Marques - Vista Serrana - PB / Foto: Livro Capítulos de uma História

Filha de Antônio Marques de Medeiros e Maria Gil de Medeiros, era a segunda mais velha dentre os filhos do casal. Além de sua irmã, Maria Vilany (a primogênita da família), Socorro teve mais 14 irmãos: Maria José, Maria Elza, José Marques, Maria Delivrance, Maria do Livramento, Maria Margarida, Gilmarques, Francisco, João Bosco, Maria do Bomsucesso, Pedro Marques, Maria Bernadete, Salatiel e Maria de Fátima.

Antônio Marques / Foto: Acervo da família
Maria Gil / Foto: Acervo da família

Antônio Marques, pai de Socorro, era filho de Aquilino Marques de Medeiros, que, junto ao irmão, Pedro Marques de Medeiros, chegou àquela região no início do século XX. Saíram da cidade de Jardim do Seridó – RN. Os irmãos, Aquilino e Pedro, buscavam novas pastagens para o gado da família, devido à seca que assolava a sua terra natal.

Ao chegarem à região dos sítios – Maravilha e Ipueira –, no município de Pombal – PB, os irmãos arrendaram as terras de Antônio José da Silva e de sua esposa, Maria Joaquina de Jesus, conseguindo, assim, assentar o rebanho de 486 bois capados.

O casal, Antônio José e Maria Joaquina, tinha duas filhas, Maria Cândido de Jesus da Silva e Antônia (Toinha), com quem se casaram, respectivamente, Aquilino e Pedro, que, de locatários, passaram a donos das propriedades, fixando-se e constituindo suas famílias.

A sua mãe, Maria Gil de Medeiros, era filha de José Gil Xavier de Farias e Sebastiana Gil de Jesus. Após o falecimento de José Gil, Sebastiana, viúva, casou-se com Manoel Medeiros de Araújo, passando a usar o nome Sebastiana Gil de Medeiros.

Manoel Medeiros de Araújo muito contribuiu para fundação da cidade de Desterro de Malta, chamada posteriormente Vista Serrana. Havia chegado em Salamandra (nome do primeiro povoado de Desterro de Malta) em 1916, quando comprou terras do senhor Antônio Francisco do Nascimento, e montou, em sua própria casa, uma loja de artigos diversos, como tecidos, chapéus e sombrinhas. A partir daí, a localidade se desenvolveu, e, em 1924, foi construída a igreja de Nossa Senhora do Desterro.

Batismo

No dia 19 de março, data do seu nascimento, os católicos comemoram o dia de São José; coincidentemente, Socorro foi batizada na Igreja de São José, na antiga Vila de Paulista, pelas mãos do Padre Otaviano.

A Escolha do Nome

Pertencendo a uma família católica e tendo nascido no dia de São José, só não recebeu o nome de Maria José, em homenagem ao santo do dia, devido a uma prece feita por sua mãe. Naquela época, não existia acompanhamento pré-natal, tampouco exame de ultrassonografia para a detecção do sexo e avaliação da saúde da criança, então sua mãe rogou, a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que protegesse e desse saúde para ela e para o bebê que carregava em seu ventre. Em troca, como forma de agradecimento, prometeu que, se fosse uma menina, chamar-se-ia Maria do Socorro.

Infância

Passou a infância em Desterro de Malta, em meio a lindas paisagens compostas de pastagens, lavouras, córregos e serras cobertas de mata nativa.

Era uma menina de aparência tranquila; era vaidosa, inteligente e organizada. Seus cadernos e seus livros eram todos encapados, e os lápis, bem-apontados. Apesar da pureza e da inocência, que trazia em sua essência, desde cedo questionava tudo. Fazia perguntas complexas, capazes de deixar até os professores sem respostas.

A sua aparência, tranquila e frágil, escondia um lado aventureiro, que não temia desafios; atravessava açudes extensos, a nado livre, subia nas mangueiras e nas cajaranas, onde brincava de casinha com sua prima Creuza, e bordava as folhas das árvores com um espinho de xiquexique.

Formação

Iniciou os estudos aos 7 anos, e sua primeira professora foi Hermelinda Rocha. Hermelinda era pertencente a uma família tradicional da cidade de Pombal, e lecionava em Desterro de Malta.

Seu primeiro livro de estudos foi Preparatórios ao Alcance de Todos, de Antônio Gonçalves, Geraldo Rodrigues e Marcelo Mesquita. Ele continha quatro matérias: português, aritmética, geografia e história. E não demorou para que ela aprendesse todo o conteúdo, conhecendo-o de cor e salteado. Sempre muito ativa e estudiosa, ela logo se tornou a primeira da classe.

Fez o curso de admissão, que avaliava e selecionava os alunos capacitados a ingressarem no Ensino Fundamental II (ou ginásio, como se chamava na época)  da escola do professor Erasmo de Carvalho, ali mesmo, em Desterro de Malta. Posteriormente, mudou-se para a Fazenda Castelo, no município de Malta – PB.

Após sua aprovação na admissão, ao ginásio (5ª a 8ª séries), em busca de ensino qualificado, seguiu para a cidade de Sousa – PB, passando a morar com seus tios – Artemiza e Manoel Messias. Lá, em 1949, concluiu o primeiro grau (atual ensino fundamental).

Em 1950, na companhia do casal, mudou-se para Juazeiro do Norte – CE. Lá, cursou o 1º e o 2º anos do Curso Normal, nas Escolas Santa Terezinha e Normal Rural, respectivamente.

Após viver dois anos no Ceará, Socorro voltou à Paraíba para concluir o Ensino Médio, pois fora implantada, em Pombal, a Escola Normal Arruda Câmara. Cursou o 3º e o 4º anos do Curso Normal na referida escola, dirigida, na época, pelas irmãs de Santa Catarina de Sena, em regime de internato. E, em dezembro de 1953, Maria do Socorro conquistou o tão sonhado diploma de professora.

Aula da Saudade - Escola Normal Arruda Câmara / Foto: Acervo da família

Desde cedo, Socorro buscava conhecimento incansavelmente e, antes de chegar ao internato da Escola Normal Arruda Câmara, já havia feito os cursos de datilografia, corte e costura, bordado à mão e à máquina, pintura, floricultura, arte culinária, tricô simples e artístico, crochê, rendas irlandesa e labirinto.

Em meados da década de 1960, cursou novamente o segundo grau; desta vez, fez o curso técnico em contabilidade, no Colégio Diocesano Monsenhor Gualberto, em Pombal-PB.

Em 1970, aos 36 anos, iniciou sua vida universitária, cursando ciências econômicas na Fundação Francisco Mascarenhas, na cidade de Patos-PB, integrando a primeira turma daquela instituição.

Devido à eliminação do sistema seriado, as universidades passaram a adotar o sistema de créditos, e Socorro decidiu concluir o curso na UFPB, na capital do estado – João Pessoa – onde conquistou o seu primeiro diploma de nível superior.

Formatura de Ciências Econômicas / Foto: Livro Capítulos de uma História

Ao concluir o curso de ciências econômicas, ingressou no curso de ciências contábeis, na mesma instituição. Como eram cursos da mesma área, aproveitou as disciplinas básicas, o que lhe permitiu concluir todo o curso em apenas cinco períodos, conquistando o seu segundo diploma de nível superior em um intervalo menor de tempo.

Formatura de Ciências Contábeis / Foto: Livro Capítulos de uma História

Ao todo, Socorro Marques acumulou, além dos vários diplomas de cursos livres, três diplomas de ensino médio e dois de ensino superior, e sempre esteve em busca de novos aprendizados; estudou sobre vários assuntos ao longo da vida, acumulando conhecimentos com o mesmo entusiasmo que tinha na infância.

Carreira

Socorro Marques foi professora, comerciante, industrial, técnica, profissional liberal, funcionária pública e política.

A Professora

Aos 12 anos, a pedidos de moradores de Desterro de Malta, Socorro montou uma escolinha e iniciou a sua carreira no magistério, dando aulas a dez alunos. O nome da escolinha era Adolescente Ensina a Adolescentes. Mesmo contando apenas com o curso de admissão, já usava quase todos os métodos pedagógicos da época, devido à sua grande capacidade de observar como os seus professores lecionavam.

Em 1954, iniciou sua carreira como professora definitiva, no Grupo Escolar Fausto Meira, em São Bento, que na época era distrito de Brejo do Cruz – PB, emancipando-se meia década depois.

Passado algum tempo, Socorro foi demitida por questões políticas, mas isso não foi uma barreira para ela, e sim uma oportunidade, pois, ainda em São Bento, elaborou um convite ao Padre Zélio Marques, pároco da cidade, para instalarem um colégio de 1º e 2º graus, que receberia o nome de João Silveira Guimarães, em homenagem ao primeiro prefeito do município. A ideia foi aprovada, e, com o economista Patrício Oliveira, foi à capital João Pessoa. Na viagem, levou toda a documentação necessária para o registro junto ao Conselho Estadual de Educação.

Após o registro, a escola iniciou suas atividades em um prédio alugado, contando apenas com o ensino fundamental, tendo Socorro como professora de português. Além de estar à frente da implantação da escola, a professora também entrou para a história da instituição ao ministrar a primeira aula.

Passados dez anos, em 1964, passou a morar em Pombal-PB, e aí lecionou português por um período de quatro anos, no Colégio Diocesano Monsenhor Gualberto, dirigido, na época, pelo Padre Salgado.

Em 1970, mudou-se para a cidade de Patos-PB, e, logo que chegou ao novo logradouro, foi readmitida para a função de professora, lecionando no Colégio Diocesano de Patos, na época, dirigido pelo advogado Manoel Messias do Nascimento, e no Colégio Monsenhor Manoel Vieira.

Aproximadamente dois anos depois, foi transferida para o Colégio Estadual do Roger, em João Pessoa.

Exerceu a função de professora com muito empenho e competência. Pela sua habilidade com a escrita, logo se tornou a redatora oficial da região, sendo constantemente procurada pelos políticos e autoridades locais para redigir ofícios, cartas e quaisquer outros textos que exigissem maior formalidade. Dentro e fora da sala de aula, conquistou respeito e admiração pela sua capacidade de lecionar e conduzir seus alunos.

A Empresária

Após a sua demissão do Grupo Escolar Fausto Meira, em São Bento – PB, ela logo se reinventou e abriu uma fábrica de camisas masculinas, cuja marca denominou-se Confecções Magia. A fábrica contava também com uma loja própria, onde eram comercializados, além das camisas que produziam, diversos artigos masculinos de médio e alto padrão.

O empreendimento foi um sucesso, alcançando números expressivos; chegou a se tornar a maior fonte de renda da família. Seus principais clientes eram os comerciantes locais e os viajantes da cidade, que se deslocavam para vender redes (a cidade de São Bento é considerada a capital mundial das redes, de lá são exportadas redes para toda América Latina, Europa e Estados Unidos) em diversas partes do Brasil.

Em 1964, a família mudou-se para a cidade de Pombal, e, para satisfazer os gostos do marido, Socorro aceitou liquidar todo o estoque (tanto da fábrica quanto da loja) das Confecções Magia, concentrando todo o capital em um novo negócio.

Chegando a Pombal, montaram uma loja de móveis e eletrodomésticos, a Casa Diana. A loja foi um sucesso; logo se tornou a grande sensação da cidade. Mas o empreendimento durou poucos anos, pois a família vivia em busca de oportunidades e, ao mudar para a cidade de Patos em 1970, onde Socorro iniciou sua vida acadêmica, ficou inviável seguir com aquela atividade. Então, ali mesmo, em Pombal, liquidaram todo o estoque, encerrando de vez esse ciclo comercial.

A Técnica

Após concluir os cursos de Economia e Ciências Contábeis, na década de 1970, Socorro se especializou em várias atividades.

Participou da implantação da contabilidade da Superintendência dos Estádios da Paraíba (SUDEPAR), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Educação e Desportos da Paraíba, onde também foi membro da Comissão de Controle de Contas, além  de prestar serviços também no Setor de Convênios e Projetos Educacionais.

Trabalhou também na FUSEP, no setor de custos hospitalares e orçamento públicos.

Em seguida, foi aprovada no concurso da POLINÔ, conquistando o cargo de contadora na referida empresa. Porém, para assumir esse novo trabalho, a contadora precisaria estagiar por um período de um mês na cidade de São Paulo – SP, onde ficava situada a matriz da empresa, mas, devido a um contratempo familiar, precisou renunciar ao cargo antes mesmo de assumir.

Seu vínculo no estado era com a Secretaria de Educação; os demais, que assumiu na administração estadual, foram comissionados e cumulativos, porém, com a intenção de se fixar em um órgão fora da área da educação, prestou concurso para a FIPLAN – órgão vinculado à Secretaria de Planejamento do Estado –, onde foi aprovada, conquistando o quinto lugar.

Na FIPLAN, aperfeiçoou-se em orçamento público e em licitações. Trabalhou por vários anos na elaboração dos orçamentos anuais do estado. Comumente participava de seminários e encontros que debatiam a problemática da gestão pública, dentre eles, os Seminários de Orçamento Público (SENOP’s), realizados anualmente em Salvador – BA.

Atuou como presidente da Comissão de Licitação da SEPLAN, onde recebeu a missão de ir a Fortaleza, com o Dr. Aniberto Mendonça, para conhecer o Fundo de Desenvolvimento do Ceará. Feito isso, retornou a João Pessoa, e, munida de todas as informações trazidas da capital cearense (e adaptadas a realidade da Paraíba), foi convidada pelo secretário Francisco Cartaxo Rolin para fazer uma exposição sobre o referido projeto, destinado aos demais técnicos da SEPLAN. Após a apresentação, o FDE – Fundo de Desenvolvimento do Estado da Paraíba – foi aprovado por unanimidade.

Socorro Marques e Aniberto Mendonça, juntos, coordenaram o FDE. A eles cabia a missão de fornecer ao Governo do Estado os dados necessários à elaboração de projetos de natureza econômica e financeira. Também determinavam a capacidade de endividamento do Estado e realizavam auditorias em alguns órgãos da administração direta e indireta. 

Sua passagem pela Secretaria de Planejamento durou até 1982, quando decidiu voltar para Desterro de Malta para assumir os destinos administrativos da sua cidade natal.

Seus conhecimentos técnicos foram de imensa relevância, tanto em suas campanhas eleitorais quanto nas suas gestões.

A Profissional Liberal

No início da década de 1970, ao chegar à capital com o esposo, Neinha, também contador, montou um escritório de contabilidade no 3º andar do Edifício Régis, no centro de João Pessoa. Nele, havia dezenas de empresas públicas e privadas; e, como todos os empreendimentos alavancados por ela, esse também foi um sucesso.

Com as tantas funções que ocupava em órgãos públicos, os serviços do esposo, que tomara a frente do escritório, foram de extrema importância para o sucesso do empreendimento na capital paraibana. Posteriormente, com a volta da família para o sertão, o escritório deixou de ser prioridade.

A Política

Socorro Marques teve as primeiras lições de política ainda muito jovem, pois, sendo filha e herdeira dos fundadores da sua cidade natal, Desterro de Malta, desde cedo conviveu em meio aos governantes, pois a casa dos seus pais era um palco político. Lá, em visita à cidade, era comum se hospedarem (sem ser um hotel) inúmeras autoridades, tanto da região quanto dos âmbitos estadual e nacional. Essa convivência serviu para definir-se sua personalidade, sempre pautada na ética e alinhada à missão de bem-servir.

A atração pelo desconhecido, a sensação de se ter de assumir uma missão e o desafio de se estar sempre diante de situações extremas a atraíram desde cedo. Socorro era uma mulher que não temia desafios e acreditava em um mundo melhor.

Certa vez, ao se deparar com uma cena que lhe chamou a atenção. Ficou inquieta e não parou de pensar em uma forma de resolver tal situação. Na ocasião, moradores de Desterro de Malta, necessitados, saíram às ruas e, de casa em casa, pediram ajuda financeira, aos demais moradores, para realizarem um sepultamento.

Para Socorro, não fazia sentido que a população da sua cidade natal se submetesse a condições que não satisfizessem as suas necessidades básicas de sobrevivência. Então, começou a questionar, também, várias outras necessidades da cidade, tais como: a falta de um ginásio de esportes, a falta de escolas que atendessem a todos, transporte adequado para os estudantes e várias outras questões socioeconômicas e estruturais do município.

 Inconformada com toda essa situação, enxergou que, através da política, poderia fazer a diferença na vida dos seus conterrâneos e, ao tratar do assunto com sua mãe, ouviu a seguinte frese: “Minha filha, venha tomar conta dessa gente”.

Em 1982, para atender às necessidades do seu povo, Socorro afrouxou os vínculos estaduais e voltou à sua terra natal. Novamente, instalou-se na cidade de Patos e, pelo PDS, candidatou-se ao cargo de prefeita de Desterro de Malta, tendo como candidato a vice-prefeito, em sua chapa, Airton Monteiro de Farias. As eleições ocorreram em 15 de novembro do mesmo ano, e, com 68,64% dos votos, ela foi eleita prefeita, sendo a primeira mulher a liderar o Poder Executivo naquele município.

Santinho da Campanha de 1982 / Fonte: Acervo da família
A Prefeita

Foi empossada no então município de Desterro de Malta, em 2 de fevereiro de 1983, com a missão de transformar a vida das pessoas, que ali residiam, em todos os sentidos. Ao assumir, deparou-se com tantos problemas que precisou organizar prioridades. Inicialmente, deu mais atenção à educação e à saúde.

A vontade e a determinação que carregara consigo, desde a infância, estavam mais aguçadas do que nunca, e, logo ao assumir, iniciou as obras em um educandário em que havia apenas uma sala de aula, um banheiro e uma pequena casa para a professora. No local, foram construídas mais seis salas de aula, levantados os muros da escola, construídos mais dois banheiros, uma sala destinada à diretoria e outra, aos professores, além da reforma na parte já existente. Assim, com apenas 49 dias de governo, em 23 de março, inaugurou-se o Colégio Municipal Cel. Manoel Medeiros de Araújo. Tempos depois, a escola foi estadualizada e se tornou a E.E.E.F.M. Cel. Manoel Medeiros de Araújo.

No mesmo período (em que assumiu a prefeitura), reformou e ampliou o Grupo Escolar José Gil Xavier de Farias, equipando todas as salas de aula e demais dependências, conforme as exigências do Conselho Estadual de Educação.

E.E.E.F.M. Cel. Manoel Medeiros de Araújo / Foto: Livro Capítulos de uma História
Grupo Escolar José Gil Xavier de Farias / Foto: Livro Capítulos de uma História

A prefeita também deu prioridade à construção da torre da Igreja de Nossa Senhora do Desterro; para ela, a religiosidade também contribuía para a construção da marca de sua cidade. E assim fez; além de construir a torre, realizou ampla reforma na igreja matriz da cidade. Colocou vitrais nas portas e janelas; construiu um coro cuja escada foi feita pelo português Emmanuel Vitório; e instalou candelabros, arandelas e luminárias. Os bancos também foram substituídos, e um relógio com quatro faces, fabricado em Juazeiro do Norte, também foi instalado. A obra foi concluída em 1985.

Igreja de Nossa Senhora do Desterro em 1984 / Foto: Livro Capítulos de uma História
Igreja de Nossa Senhora do Desterro em 1985 / Foto: Livro Capítulos de uma História

O seu primeiro ano de governo, 1983, foi marcado pela longa estiagem que assolava o sertão nordestino. No início de 1984, os macacos, nativos da Serra de João Ferreira, desesperados devido à falta de alimentos na natureza, começaram a invadir a cidade de Desterro de Malta, buscando alimentos. A prefeita, ao se deparar com aquela situação, viajou até a capital para buscar orientações para se encontrar uma solução. Lá, junto ao IBAMA e a UFPB, conseguiu, em abundância, banana, milho e rapadura. O milho era colocado em recipientes com água para amolecer-se, e posteriormente espalhado na serra, com as rapaduras e as bananas, para que eles pudessem se alimentar no seu habitat natural. 

Além de conseguir alimentos para salvar a espécie, providenciou a limpeza dos olhos d’água que estavam comprometidos pela folhagem seca, caída das árvores. Tal feito rendeu vários reconhecimentos, com matérias em revistas, rádios, jornais e televisão.

Ao longo do seu mandato, reformou todos os órgãos municipais, equipando-os de acordo com suas necessidades; mandou pintar a frente de todas as casas existentes na zona urbana; comprou ônibus para o transporte dos estudantes; instalou, na cidade, a Biblioteca Pública Municipal Helena Guedes; forneceu às escolas merenda de boa qualidade; instituiu um programa de distribuição de livros, cadernos e lápis a todos os alunos da rede municipal; adquiriu uma ambulância para o município; equipou com dezenove instrumentos a banda marcial e, depois, a banda de música.

Primeiro Ônibus Escolar da Prefeitura de Desterro de Malta - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História
Banda Marcial de Desterro de Malta nos Anos 80 / Foto: Livro Capítulos de uma História

Perfurou poços tubulares e construiu chafarizes em todas as comunidades da zona rural e, também, na sede do município; instalou dois dessalinizadores – um no sítio Pé do Serrote, e que atendia também os sítios Saco do Raimundo, Boqueirão e Alto Desterro, e outro no sítio Tanques, para atender às comunidades Tanques I e II. Construiu oito açudes – nas comunidades Cachoeira do Lucas, Saco, Pé do Serrote, Boqueirão e Desterro. Instalou DDD e postos de serviços telefônicos em todas as comunidades.

Poço Tubular em Desterro de Malta - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História
Chafariz em Desterro de Malta - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História
Posto Telefônico em Desterro de Malta - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História

Construiu as praças Poeta Manoel Leandro Gomes e Nossa Senhora do Desterro; instalou o Laboratório de Análises Clínicas Severino Bezerra Wanderley; reformou o açougue público; construiu o Matadouro José Paulino de Araújo; construiu o Grupo Escolar Manoel Cândido de Farias e o Posto de Saúde, ambos no Sítio Acari.

Praça Poeta Manoel Leandro Gomes - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História
Placa do Laboratório de Análises Clinicas Severino Bezerra Wanderley - Adm. Socorro Marques / Foto: Acervo da família
Matadouro Público de Desterro de Malta - Adm. Socorro Marques / Foto: Acervo da família
Grupo Escolar Manoel Cândido de Farias - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História

Em Desterro de Malta, havia um cemitério municipal, construído por Manoel Medeiros de Araújo em 1924. Esse também foi reformado, sendo construídas 150 criptas junto às paredes laterais, onde foram colocados os restos mortais dos que ali já haviam sido sepultados. Houve melhoria em toda a estrutura, como a reforma das paredes, do portal, do portão, do reboco, da iluminação e de toda a parte interna e externa do ambiente, que passou a se chamar Parque da Paz Monsenhor Valeriano Pereira e, em 2008, foi transformado em velório público; e, também, ampliou e reformou o Cemitério Parque das Flores.

Cemitério Municipal Construído por Manoel Medeiros de Araújo em 1924 / Foto: Livro Capítulos de uma História
Parque da Paz Monsenhor Valeriano Pereira - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História
Cemitério Parque das Flores em 1984 - Adm. Socorro Marques / Foto: Acervo da família

Beneficiou várias ruas com calçamento e saneamento básico, a exemplo da Rua João Francisco Filho, que recebeu galeria de esgoto, calçamento e a construção de canteiros com luminárias, bancos e palmeiras-imperiais, sendo denominada Praça Hélio Bezerra Wanderley.

Rua João Francisco Filho - Ano de 1983 / Foto: Livro Capítulos de uma História
Rua João Francisco Filho - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História

Além dos feitos acima mencionados, realizou um Plano de Expansão Urbana, que possibilitou a construção de avenidas e ruas conforme o mapa topográfico e o planejamento urbano.

Fomentou a indústria por meio de uma fábrica de redes de dormir, através do convênio celebrado entre a Prefeitura Municipal de Desterro de Malta e a FUNSAT, criando a Fábrica de Redes Magia, com o intuito de gerar empregos e renda no município.

Redes Magia - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História
Redes Magia - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História
Fábrica de Redes Magia - Ano de 2023 / Foto: Mont'Saint

Fortaleceu a agricultura por meio da compra de tratores para aração de terras no início dos períodos chuvosos, e doações de sementes para os plantios.

Trator em Período de Aração de Terras - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História

Conseguiu que o Banco Bradesco instalasse uma agência no município, porém, para que isso acontecesse, comprou uma casa na rua João Francisco Filho, e a reformou conforme as exigências da instituição financeira, incluindo a construção de um caixa-forte nos fundos do prédio.

A correspondência era mais uma limitação em Desterro de Malta; funcionava por meio de um posto (dos Correios) em uma residência privada, onde uma única pessoa recebia e realizava as entregas. A prefeita Socorro Marques intermediou a instalação de uma agência dos Correios na cidade.

O nome Desterro de Malta também gerava alguns contratempos relacionados a endereços, e, vez ou outra, a cidade era confundida com Desterro, cidade situada na Serra do Teixeira, também na Paraíba. Não bastasse a confusão com os nomes, a cidade, que havia se emancipado há mais de duas décadas, ainda carregava o nome de sua antiga sede, Malta.

Incansável, e decidida a resolver os problemas do município, Socorro Marques articulou a mudança do nome, inicialmente, por meio de um plebiscito, em que a população escolheu o futuro nome. Dentre as opções, venceu o nome Vista Serrana, que havia sido apresentado pela chefe do executivo. Ainda no seu mandato, iniciou-se o processo, porém, a mudança só se concretizou na gestão seguinte.

Palácio da Redenção com o Governador em Exercício - Carlos Marques Dunga, na ocasião em que foi sancionada a lei que denominou, Vista Serrana, o antigo município de Desterro de Malta / Foto: Livro Capítulos de uma História

Naquela época, não havia a possibilidade de haver reeleição, então, ao final do seu mandato, em 1988, a prefeita apoiou a candidatura de Soraia Garcia de Medeiros, sua sobrinha. Soraia recebeu 56,75% dos votos, tornando-se a sucessora de Socorro.

Em 3 de outubro de 1992, pelo PDS, Socorro Marques disputou novamente as eleições municipais para o cargo de prefeita, tendo, novamente, Airton Monteiro de Farias como candidato a vice-prefeito, ampliando-se ainda mais o percentual dos votos recebidos. Dessa vez, a candidata obteve 75,66% dos votos válidos, sendo eleita para o segundo mandato de prefeita na agora Vista Serrana.

Diplomação de Prefeita - 1992 / Foto: Livro Capítulos de uma História
Recebendo o Diploma de Prefeita - 1992 / Foto: Livro Capítulos de uma História
Diploma de Prefeita - 1992 / Fonte: Acervo da família

Dando continuidade ao trabalho que havia começado dez anos antes, construiu a barragem Seio de Abraão, com capacidade para 5 milhões de metros cúbicos. Essa foi uma obra de grande importância para a região, que sofria com a falta de água, devido aos longos períodos de estiagem que assolavam o município.

Barragem Seio de Abraão - Adm. Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História

Na sua segunda gestão, após a consolidação da mudança do nome, foram criados os símbolos municipais de Vista Serrana: a bandeira, com o brasão representando os elementos que compunham a cidade, e o hino.

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Construiu o Coreto José Araripe (cujo modelo foi trazido de San Diego, Estados Unidos); reformou novamente o Açougue Público; construiu o Centro Integrado de Educação Física e Desportos Socorro Marques, O Marquesão, com recursos municipais próprios.

Coreto José Araripe / Foto: Acervo da família
Centro Integrado de Educação Física e Desportos Socorro Marques - O Marquesão / Foto: Mont'Saint

Assim como no primeiro mandato, a cidade vivia em obras: pavimentação de ruas, saneamento básico, melhorias em prédios e monumentos públicos, recuperação de estradas rurais e manutenção de toda a estrutura da cidade.

Ao final do seu segundo mandato, em 1996, ainda não era permitido concorrer-se à reeleição, então, dessa vez, a prefeita apoiou seu sobrinho, Márcio Marques Dantas, para concorrer às eleições naquele ano.

As eleições ocorreram em primeiro de outubro de 1996, com Márcio sendo eleito prefeito de Vista Serrana com 69,34% dos votos válidos.

A essa altura, o município havia passado por grandes transformações, mas, incansavelmente, o grupo liderado por Socorro Marques continuava os trabalhos como se fosse o primeiro dia à frente do Executivo Municipal. 

O novo prefeito governou Vista Serrana do início de 1997 até o final de 2000, dando continuidade ao trabalho que vinha sendo executado desde 1982.

Em 2000, ocupando uma cadeira de deputada estadual na Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba – Casa de Epitácio Pessoa, onde havia tomado posse em 1 de fevereiro de 1999, a parlamentar apoiou, para as eleições municipais, o seu filho, Monaci Marques.

Monaci Marques foi candidato pela coligação PFL / PPB, e, em primeiro de outubro de 2000, foi eleito prefeito de Vista Serrana com 57,61% dos votos válidos. Após quatro anos de mandato, Monaci Marques concorreu à reeleição, em 3 de outubro de 2004, desta vez pela coligação PP / PTB / PSDB / PFL, recebendo 54,06% dos votos válidos, tornando-se o primeiro prefeito a exercer dois mandatos consecutivos naquela cidade.

Diante da maestria de Socorro Marques, a família Marques ganhou destaque em Vista Serrana e na Paraíba. Ao todo, o grupo político comandado pela deputada governou Vista Serrana por seis mandatos consecutivos, totalizando 26 anos.

Sempre buscando o melhor para a população, o grupo eletrificou 100% do município; construiu o conjunto habitacional Antônio Marques de Medeiros; reformou e ampliou a UBS da zona urbana, assim como, construiu diversos outros postos de saúde e escolas por todo o município; construiu a adutora de Vista Serrana, uma obra que beneficiou também as comunidades de Sanharão, Maravilha e Ipueira; mudou a alta tensão que trazia energia de Jericó a Vista Serrana, e a cidade passou a receber energia da subestação do município vizinho, Malta; distribuiu sementes em parceria com o governo do estado; desenvolveu projetos voltados à agricultura familiar e transformou não somente as estruturas físicas do município, como também promoveu a melhoria educacional, social e cultural dos vista-serranenses.

Após a sua passagem à frente do executivo municipal, o poder aquisitivo do povo de Vista Serrana melhorou consideravelmente, e a cidade não contabilizava mais nenhum pedinte ou desabrigado.

Para ela, a política nunca foi um meio de beneficiamento próprio, e sim um meio de transformação na vida das pessoas, a que se dedicou intensa e incansavelmente durante os mais de 30 anos em que esteve na ativa como política.

Grande conhecedora da história do seu município, amava o seu povo, e, aonde chegava, falava sobre a história da sua cidade e sobre as famílias que a compunham. Conhecia todos os habitantes da cidade, assim como aos ascendentes deles, tanto que se tornou comum que pessoas, ao dizerem ser de Vista Serrana, logo ouvissem: “Terra de Socorro Marques!”.

A Deputada

Em 1998, pelo PSDB, Socorro Marques, com o número 45.300, candidatou-se ao cargo de deputada estadual na Paraíba. As eleições ocorreram em 4 de outubro do mesmo ano, e a candidata recebeu 13.930 votos, garantindo-lhe uma vaga, na Assembleia Legislativa Estadual, para a 14ª legislatura. Socorro teve votos em diversas cidades do estado, porém, Patos, cidade na qual fixou sua residência desde 1982, teve a participação mais expressiva, acumulando cerca de 30% do seu eleitorado naquele pleito.

Diploma de Deputada Estadual - 1998 / Fonte: Acervo da família

Em 2002, após divergências políticas com o governo, que culminaram na perda de alguns aliados, disputou novamente a vaga na Assembleia. Mais uma vez, pelo PSDB, na coligação PV / PSDB / PFL / PRTB / PST / PSD, com o mesmo número da campanha anterior (45.300), disputou as eleições em 6 de outubro, obtendo 12.504 votos, que lhe garantiram apenas a suplência na Casa de Epitácio Pessoa.

Mesmo não conseguindo se eleger para a 15ª legislatura, continuou trabalhando e subindo degrau por degrau, com a dignidade dos humildes, caminhando na vida pública, de cabeça erguida e com as mãos limpas.

Em 2006, pelo PPS, na coligação PPS / PAN / PRTB / PHS / PV, com o número 23.300, disputou novamente as eleições em primeiro de outubro e recebeu 13.887 votos, que lhe garantiram novamente uma vaga na Assembleia Legislativa Estadual, agora para a 16ª Legislatura.

Santinho da Campanha de 2006 / Fonte: Acervo da família
Ronaldo Cunha Lima e Socorro Marques / Foto: Livro Capítulos de uma História
Diplomação de Deputada Estadual - 2006 / Foto: Acervo da família
Diploma de Deputada Estadual - 2006 / Fonte: Acervo da família
Posse de Deputada Estadual - 2007 / Foto: Livro Capítulos de uma História

Na Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, além dos tantos requerimentos e projetos de sua autoria, participou ativamente como:

  • Presidente da Comissão de Orçamento nos dois primeiros anos de mandato;
  • Membro e Relatora da CPI da Violência no Campo;
  • Membro da CPI do Narcotráfico;
  • Membro da CPI dos combustíveis;
  • Presidente da Comissão do Semiárido, além de membro de várias outras comissões.

Durante o período em que ocupou uma cadeira na Casa de Epitácio Pessoa, exerceu, com grande empenho, um trabalho digno de registro. A representante sertaneja apresentou, nos dois últimos anos como parlamentar, setenta e quatro proposições, com destaque para:

  • Instalação do CEPES, na Escola Premen, em Patos;
  • Instalação de uma agência do IPEP na cidade de Malta;
  • Consolidação da municipalização dos centros de saúde de Patos, de Vista Serrana e de outros municípios;
  • Perfuração de poços ou construção de cisternas, que fornecem água aos estabelecimentos de ensino do estado e dos municípios;
  • Apelo ao Secretário de Finanças do Estado no sentido de determinar às Coletorias Estaduais providências no que diz respeito às notificações vinculadas aos Artigos 63 e 64 do RICMS — Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e de Comunicação;
  • Apelo à CINEP para a reforma do galpão (antiga usina) na cidade de Malta, destinado a instalação de indústrias;
  • Implantação de um complexo poliesportivo na cidade de Patos;
  • Construção de um colégio estadual em Vista Serrana;
  • Construção de estrada que liga a BR-230, em Malta, à BR-427, em Ipueira, município de Paulista – PB;
  • Solicitação ao IBAMA e à Secretaria de Recursos Hídricos e Minerais do Estado, visando à proteção dos manguezais da Paraíba;
  • Projeto de Lei do Executivo, visando a franquear passes livres aos servidores do DER que trabalham fora da sede da autarquia;
  • Apelo ao Governo do Estado, ao Secretário de Segurança Pública e ao Comandante-Geral da Polícia Militar, no sentido se melhorar o esquema de segurança nos municípios sertanejos;
  • Apelo ao governador para que se autorizasse, por meio da Secretaria de Agricultura, o incentivo à criação de peixes nos açudes públicos e particulares;
  • Solicitação ao governador que fosse procedido, junto à Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, a perfuração de poços artesianos nas zonas urbanas das áreas secas da Paraíba;
  • Instalação de uma coordenação da SUDEMA na cidade de Patos;
  • Apelo à defensoria pública para que fossem colocados, à disposição das comarcas de Malta e de Patos, defensores públicos para atenderem às pessoas carentes dos dois municípios;
  • Implantação do Programa de Suplementação às Famílias Carentes (PROALIMENTO) nos municípios de São José do Bonfim, Paulista, Vista Serrana, Malta, Condado, Patos, Salgado de São Félix e Mãe D’água;
  • Solicitação ao governo do estado que executasse reforma nas instalações do 3° Batalhão de Polícia de Patos;
  • Solicitação ao Secretário de Segurança que reativasse o Posto da Operação Manzuá, na cidade de Patos;
  • Solicitação ao DER que executasse a construção do asfalto que dá acesso à pequena distância da Cruz da Menina à BR-230 em Patos;
  • Apelo ao governo do estado para o recapeamento das estradas que ligam Patos e Teixeira, passando por São José do Bonfim, e Paulista a São Bento;
  • Implantação de um trecho de estrada que se inicia em Santa Rita e atinge o município de Juripiranga;
  • Instalação de um Centro de Atendimento Psicossocial na cidade de Patos;
  • Instalação de uma UTI neonatal na maternidade de Patos;
  • Construção de um presídio na cidade de Patos;
  • Construção de um presídio na cidade de Paulista;
  • Instalação de um prédio para a comarca de Paulista;
  • Solicitação de uma UTI móvel para a cidade de Patos;
  • Solicitação de instalação de uma unidade do Instituto de Medicina Legal (IML) na cidade de Patos;
  • Construção de galerias e esgotamentos sanitários, para a cidade de Patos;
  • Construção de calçamentos para diversas ruas de Patos;
  • Recuperação e ampliação dos colégios estaduais de Patos;
  • Construção e instalação de um centro coureiro calçadista na cidade de Patos;
  • Solicitação de instalação de indústrias para geração de empregos e renda na cidade de Patos.

Vale ressaltar, também, que a deputada Socorro Marques lutou, junto a outras lideranças políticas do estado da Paraíba, em prol da transposição das águas do Rio São Francisco, assim como foi autora de vários requerimentos para a instalação de um hospital de oncologia na cidade de Patos-PB, que, devido à sua localização geográfica, evitaria que pessoas das cidades circunvizinhas, acometidas por câncer, tivessem de se submeter a viagens longas, que provocavam mais sofrimento e dor. O que, posteriormente ao seu mandato, como fruto da sua luta, foi atendido.

Também foi de sua autoria o requerimento para que se instalasse a 13ª Região Geoadministrativa na cidade de Pombal. Após a aprovação na Casa de Epitácio Pessoa, encaminhou novo ofício ao então secretário de estado da saúde, Geraldo de Almeida Cunha Filho, solicitando a implantação do núcleo de saúde na referida cidade, juntamente com uma planilha contendo tudo o que seria necessário para a sua instalação e devido funcionamento.

Mediante debates contundentes, obteve sucesso ao defender a permanência territorial de vários municípios da Paraíba, que, após parecer favorável da comissão, perderiam grande parte dos seus territórios, a exemplo de Mãe D’água.

O projeto de lei 1.940/2010, que reconhece como utilidade pública a Associação Comunitária de Radiodifusão Saúde e Cultura, do Conjunto Antônio Marques de Medeiros, em Vista Serrana, também foi de sua autoria.

Durante o seu segundo mandato como deputada estadual da Paraíba, após incansável luta durante décadas, teve a felicidade de participar favoravelmente da votação na Assembleia Legislativa, que, após aprovada, contraiu recursos para construção asfáltica no estado da Paraíba. Dentre várias cidades beneficiadas, estava Vista Serrana, que foi beneficiada com 21 km de asfalto no trecho Malta – Vista Serrana, ligando a sua cidade à BR-230.

A Força Política

Monaci Marques, o filho caçula da deputada, havia sido eleito vereador, por dois mandatos, em Vista Serrana (1993-1996 e 1997-2000), sendo o vereador com o maior número de votos da história do município, onde também presidiu a Câmara Municipal por duas vezes. Além de vereador e prefeito (2001-2004 e 2005-2008), com o apoio da mãe, conquistou duas suplências na Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, em 2010 e 2014, respectivamente, assumindo o mandato de deputado estadual por duas vezes e, após a partida de sua mãe, assumiu a liderança do grupo.

O apoio da prefeita também foi fundamental para a eleição de mais dois dos seus filhos – Wagner (Vavá), para o cargo de prefeito do município de São José do Bonfim (1993 -1996), e Enemarques, para o cargo de vereador na cidade de Patos (1989 – 1992).

Seu sobrinho, Demétrius Marcial Marques Dantas, também foi eleito prefeito do município vizinho, Santa Terezinha (1989 – 1992).

Em 2008, a deputada concorreu à prefeitura de Patos, onde residia, porém, não obteve êxito, ficando na segunda colocação entre os candidatos. Já em 2016, ela concorreu às eleições municipais em Vista Serrana, não logrando êxito novamente.

Não há dúvidas de que Socorro Marques escreveu um importante capítulo na história política da Paraíba. Além de tantas vitórias, em diversas áreas de sua vida, teve o privilégio de contabilizar dez vitórias ininterruptas em seu município, Vista Serrana, assim como tantas outras na Paraíba.

A Volta aos Cargos no Governo do Estado

Em 2003, foi presidente da FUNDAC – Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Alice Carneiro, no governo de Cássio Cunha Lima.

Foi ainda Secretária Executiva da SAAG – Secretaria de Acompanhamento e Ação Governamental, de 2004 a 2006, afastando-se para candidatar-se novamente ao cargo de deputada estadual na Paraíba.

Por último, presidiu o LIFESA – Laboratório Industrial Farmacêutico do Estado da Paraíba S/A.

Trechos de Discursos de Socorro Marques

A política não me fascina, costumo usá-la para bem servir. 

A opção de buscar o sucesso é decisão de cada um. Se você sentir que realmente o deseja, passe a lutar, revertendo, assim, os pensamentos negativos para que o sucesso atinja a meta que você próprio traçou. É preciso amar, acreditar no que faz.

Vivenciei muitas alegrias como liderança do meu município, Vista Serrana, seguida de dez vitórias ininterruptas. 

Na vida, descobri a importância do servir, do viver para compartilhar, para doar, para construir e para ajudar sem olhar a quem.

Socorro Marques
Depoimentos de Amigos Políticos

Família

O Início

Em 1952, Socorro foi convidada para uma festa de casamento em Lagoa de Fora, na época, pertencente ao município de Brejo do Cruz e, posteriormente, passando a compor o município de São Bento – PB. Ao chegar em São Bento, na casa de Ciramy Diniz (sua amiga de infância), a jovem conheceu Enéas Dantas Filho, Neinha, como era conhecido. Ali, trocaram algumas palavras e, logo depois, foram à igreja, onde assistiram ao casamento.

No mesmo dia, à noite, houve uma grande festa para se comemorar o enlace. Durante a festa, Neinha a chamou para dançar, e ela, de forma gentil, aceitou. Mais tarde, quando estava na varanda da casa da noiva, sentada, o jovem novamente se aproximou e sentou-se ao seu lado. Levantaram-se apenas no final da festa. Essa memorável e inesquecível noite marcou o início do namoro do casal.

Neinha, dirigindo um caminhão, viajava por diversos estados do Brasil e, como naquela época não existia telefone, enviava telegramas a Socorro frequentemente. Os referidos telegramas, antes de chegarem até Socorro, passavam pelas mãos da madre superiora da Escola Normal Arruda Câmara de Pombal, que supervisionava o conteúdo e posteriormente a entregava. Satisfeita com o conteúdo dos telegramas, a madre superiora passou a ter grande admiração por Neinha.

O Casamento

Após a conclusão do curso normal, na Escola Normal Arruda Câmara de Pombal, no final de 1953, foi marcado o casamento em Desterro de Malta, posteriormente chamada de Vista Serrana.

A cerimônia foi realizada em 19 de junho de 1954, na Igreja de Nossa Senhora do Desterro – igreja matriz de Desterro de Malta – pelo Padre Manoel Medeiros de Araújo Sobrinho.

Após o casamento, moraram apenas dois meses em Desterro de Malta, mudando em seguida pera São Bento.

A Chegada dos Filhos

Em São Bento, nasceram os seis primeiros filhos: Enemarques, Enetônio, Maria Montessori, Magda Eva, Enéas Neto e Mozart.

Socorro Marques com os filhos: Enemarques, Enetônio, Mozart e Maria Montessori / Foto: Acervo da família

Wagner (Vavá) nasceu no Hospital Maternidade Janduhy Carneiro, na cidade de Patos, quando o casal ainda residia em São Bento.

Em 1964, a família mudou-se para Pombal, onde nasceu Minerva Mena. E Monaci, o caçula, nasceu na cidade de Patos, após a família para aí se mudar, em 1970.

Socorro viveu ao lado de oito dos seus filhos, já que Enéas Neto faleceu quando tinha apenas dois meses de vida. Como mãe, ela foi sinônimo de dedicação e amor. Sempre monitorou as companhias e amizades deles, desde a infância até a adolescência. Acompanhou-os também nos estudos e na formação educacional, incentivando os bons costumes e hábitos de boas maneiras, constantemente. E, se algum deles tropeçasse, ela o encorajava a se levantar e recomeçar. Assim, viveu momentos incríveis ao lado dos seus filhos e, com eles, compartilhou o mais puro amor que um ser humano é capaz de sentir, o amor materno.

Os Cuidados Maternos

Aos sábados e domingos, Socorro dedicava a maior parte do seu tempo à cozinha, com o intuito de proporcionar uma alimentação de qualidade para seus filhos e os colegas deles que os visitassem.

Nunca se esqueceu de perguntar sobre os deveres de casa e sobre as aulas de boas maneiras, que eram proferidas diariamente, procurando discipliná-los, com boas conversas e mostrando-lhes exemplos.

A Esposa

Apesar de não ter sido uma rebelde, Socorro era uma mulher de ideias fortes que, quando apresentadas a Neinha, eram imediatamente contestadas. Mesmo ouvindo o contraditório, ela não fugia das suas convicções e continuava a dialogar. O desfecho era sempre o mesmo: ele reconsiderava e acabava enaltecendo os projetos da esposa.

Neinha e Socorro Marques / Foto: Acervo da família
A Matriarca

Devido ao respeito estabelecido entre Socorro e os seus filhos, tornou-se comum ser chamada de matriarca. Todos a consultavam antes de tomarem decisões. O mesmo fazia ela; gostava de ouvi-los. Todos planejavam e tomavam decisões conjuntas. Isso não os tornava dependentes. Pelo contrário, caso algum deles persistisse com uma ideia própria, ela o apoiava.

Vavá Marques, Monaci Marques, Socorro Marques, Enemarques Marques e Mozart Marques - na inauguração da Concessionária Yamaha Motomarques, em Patos - PB / Foto: Acervo da família
Os Netos

Tendo nove filhos, Socorro conheceu, em vida, vinte e cinco netos: Djalma, Isabelle, Enetônio Júnior e Thaysa, filhos de Enetônio; Lorena, Larissa, Luana e Leonardo, filhos de Enemarques; Sandino, Livia Karolini, Mirabel e Kauanna, filhos de Maria Montessori; Juliana, Jonathas e Tatiane, filhos de Magda; Mozart Júnior e Ruan Marcellos, filhos de Mozart; Caio Wagner, Silas, Caled e Nicolas, filhos de Vavá; Thalita e Vinicius, filhos de Minerva Mena; e Filipe e Maria Heloisa, filhos de Monaci.

Os Bisnetos

Conheceu, também, vinte e sete bisnetos: João Victor e Lucas, filhos de Djalma; Arthur e Jorge, filhos de Isabelle; Maria Isa, filha de Enetônio Júnior; Alice e Yasmim, filhas de Thaysa; Abner, filho de Lorena; Celina e Olívia, filhas de Larissa; Cecília e Luísa, filhas de Luana; Luna Evelly, filha de Leonardo; Sofia, filha de Sandino; Melissa e Aurora, filhas de Mirabel; Letícia e Lucas, filhos de Juliana; Laura e Lucas, filhos de Jonathas; Cecília e Miguel, filhos de Tatiane; Ana Luísa, filha de Mozart Júnior; Hugo e Isa, filhos de Caio Wagner; e Júlia e Miguel, filhos de Thalita.

O casal Socorro e Neinha conviveu durante 45 anos, até que, em 2 de julho de 1999, após passar por várias enfermidades como diabetes, fratura do fêmur e alterações cardíacas, Neinha faleceu.

Além do seu filho Enéas Neto, que havia falecido ainda bebê, Socorro Marques, já no final da sua vida, em 2018, perdeu mais um filho, Enemarques. Apesar da imensa dor sentida, foi ela a grande consoladora de todos os familiares e amigos.

Preferências

Culinária

Apesar de ter viajado por várias partes do mundo, e de ter um paladar requintado, no dia a dia se alimentava de pratos típicos da sua região, e tinha preferência por arroz de leite, arroz-doce, arroz da terra, feijão, peixe, pirão de peixe, coalhada com pó de rapadura, coalhada com cuscuz, angu, munguzá, doce de goiaba, cartola de banana e sucos de maracujá, de mamão com laranja, de uva com leite e de ameixa.

Valorizava fartura à mesa, priorizando o café da manhã, sobre o qual era comum ela dizer: “A primeira refeição do dia tem de ser forte”. E um cafezinho, depois do almoço, não podia faltar.

Música

Amante do forró pé-de-serra, suas músicas preferidas eram Ana Maria – composição de Janduhy Finizola – e Neném Mulher – composição de Pinto do Acordeon.

Religiosidade

Socorro Marques era uma mulher de fé inabalável e, mesmo sendo fiel à Igreja Católica, respeitava as crenças e escolhas religiosas das outras pessoas. Muito ligada a Deus, devota de Nossa Senhora do Desterro e de São José, cumpriu sua missão seguindo os ensinamentos bíblicos. Além de toda a sua trajetória junto à Igreja, também costumava assistir à missa e a outras programações religiosas pela televisão.

Culto Ecumênico da FUNDAC - Socorro Marques cumprimentando o Arcebispo Dom Marcelo Pinto / Foto: Acervo da família
Depoimento do Padre Jorge
Passatempos

Seu passatempo favorito era a leitura. Dona de enorme conhecimento, desenvolveu o hábito de preencher palavras-cruzadas.

Aproveitava as poucas horas vagas que tinha para se atualizar, ouvindo e assistindo aos noticiários (por rádio e televisão, respectivamente) e lendo jornais impressos. Na capital, João Pessoa, costumava ouvir os jornalistas Edmilson Pereira e Adelton Alves. Diariamente, assistia ao Jornal Nacional e, aos domingos, ao Fantástico, ambos produzidos pela Rede Globo de Televisão.

Desde cedo, devido aos estudos, e posteriormente, às ocupações profissionais, não lhe sobrava muito tempo, porém, com o passar dos anos e a desaceleração da rotina, passou a assistir a novelas à tarde.

Com sua sensibilidade e gostos requintados, também tinha o hábito de tocar seu piano nas horas vagas.

Hábito de Ler

A leitura sempre a fascinou. Desde criança, Socorro tentava conseguir livros, e não escolhia autores. Lia romances, poesia, revistas e jornais. Seus autores preferidos eram Machado de Assis, Euclides da Cunha e Castro Alves. Com o passar do tempo tornou-se assinante das revistas Veja, Isto é e Casa Nova, dentre outras.

Seu nível de conhecimento, em todas as áreas, era impressionante, mas isso não a impedia de dialogar, humildemente, com quem quer que fosse, em tom de igualdade, independentemente do grau de instrução.

O Livro

Nos últimos anos de sua vida, a deputada dedicou-se a escrever a história da sua família; em 2019, lançou o livro Capítulos de uma História.

Capítulos de uma História foi a maior fonte de pesquisa para a realização desta obra. Nele, a autora descreve toda a trajetória da sua família, desde a chegada do seu avô – Aquilino Marques – à Paraíba, no início do século XX, até o início do século XXI. É uma obra fascinante e envolvente, em que a autora conta, além da trajetória familiar, fatos relevantes da sua cidade, Vista Serrana, e da região circunvizinha.

Galeria de Fotos dos Filhos no Lançamento do Livro Capítulos de uma História
Galeria de Fotos de Amigos e Familiares no Lançamento do Livro Capítulos de uma História

Curiosidade

Certa vez, em viagem à cidade de São Paulo, para fazer exames médicos, constatou-se que Socorro Marques apresentava situs inversus, uma condição rara (que atinge cerca de 0,01% das pessoas) em que alguns ou todos os órgãos localizam-se no lado oposto em relação ao local onde eles deveriam ser normalmente encontrados, como se fosse uma imagem de espelho.

A exemplo disso, o seu coração era do lado direito, assim como o seu fígado, e demais órgãos que deveriam ser do lado direito eram do lado esquerdo.

Personalidade

Culta, educada e dona de uma voz suave, Socorro Marques se tornou sinônimo de gentileza. Perfeccionista, organizada e determinada, não desistia facilmente dos seus objetivos. Sua capacidade de persuasão era impressionante e, pacificamente, negociava, com êxito, aonde quer que fosse.

Repudiava palavras de baixo calão e, quando precisava corrigir alguém, tomava todos os cuidados para não gerar constrangimentos. Era uma mulher de muitas virtudes. Coerente, não fazia nada pela metade, nem se deixava intimidar por pressão, de quem quer que fosse. Independentemente da situação, seguia os seus princípios.

Sempre solícita, não media esforços para ajudar a quem precisasse, e não o fazia para angariar votos. Sua essência maternal ultrapassava os muros de sua casa. Madrinha de muitos, deixou, apenas em São Bento, setenta e um afilhados.

Era uma mulher elegante e sem vícios. Vaidosa com o seu corpo, mantinha sempre o cabelo e as unhas arrumadas. Vestia-se socialmente (com blazer) mesmo quando estava em casa, e tomava todos os cuidados para não vestir roupas amassadas; e seus sapatos estavam sempre impecáveis.

Defensora dos bons modos e costumes, presenteou cada um dos seus filhos com um livro de etiqueta. Assim como também os ensinou a compartilhar o bem comum. Para ela, o que era de um, era de todos.

Vida Social

Descendente de família tradicional, participou, desde cedo, dos principais eventos e festividades da localidade em que foi criada. À medida que o tempo foi passando, descobriu novos horizontes, passando a frequentar grandiosos bailes em Pombal, São Bento e outras cidades em que morou.

Socorro Marques era uma mulher elegante da alta sociedade paraibana. Era comum encontrá-la nos bailes, comemorações, casamentos e eventos mais relevantes do estado. Mas isso não a impedia de participar de festividades populares, pois, apesar de tudo que conquistou, nada a afastou das suas origens, do seu povo.

Por onde passou, deixou muitas amizades e imensuráveis serviços prestados. Deixou também, espalhados por toda parte, inúmeras comadres e compadres. Era uma mulher que cativava e, onde quer que estivesse, estava sempre rodeada de pessoas.

Bastante viajada, conheceu várias partes do mundo, mas, nos últimos anos de vida, costumava dizer que a sua Europa era Vista Serrana.

Despedida

Socorro Marques sofreu dois acidentes vasculares cerebrais (AVCs), o primeiro em junho de 2016, e o segundo em setembro de 2019. Com isso, nos seus últimos anos, já não participava mais de atividades políticas.

Em seguida, foi acometida por câncer e passou a fazer tratamento, até que o seu quadro se agravou, tendo de ser hospitalizada. Deu entrada no hospital Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa, em uma terça-feira – 6 de outubro – e faleceu cinco dias depois, na manhã de domingo do dia 11 de outubro de 2020, em decorrência de um infarto.

A inesquecível deputada Socorro Marques foi e continuará sendo um exemplo de mulher, de mãe, de amiga; de determinação, de coragem, de profissionalismo; de gestora pública; de humildade; e, acima de tudo, de humanidade. Seus ensinamentos jamais serão esquecidos!

Depoimentos

Depoimentos dos Amigos

Socorro Marques era a amiga de todas as horas, aquela que estava sempre presente na vida dos seus amigos; para estes, as portas da sua casa estavam sempre abertas. Com a sua doçura, conquistou a admiração e o respeito daqueles que a conheceram.

Depoimentos dos Familiares

Motivo de orgulho para os familiares, foi e continuará sendo uma figura de inspiração para todos.

Depoimentos dos Filhos

Orgulho e inspiração para os descendentes, Socorro Marques deixou, além de saudades, ensinamentos, e a certeza de que seus passos serão seguidos, espalhando a sua mensagem de amor ao próximo.

Homenagens

Em vida, recebeu várias homenagens, além de títulos de cidadã em diversas cidades da Paraíba.

O Ginásio de Esportes de Vista Serrana também recebeu o seu nome. E, em 2023, foi inaugurada, em Vista Serrana, na administração do prefeito Sérgio de Levi, a nova sede do Poder Executivo, a qual recebeu o nome de Palácio Maria do Socorro Marques Dantas.

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Mesmo absorvida pelos estudos e pelo trabalho, sempre procurei deixar um legado de mãe e mulher progressista, brava e lutadora, cuja imagem, naturalmente, deverá ficar esculpida no bronze do tempo, servindo de ensinamentos para os meus filhos e gerações que me sucederem, da família ou dos amigos.

Hoje, posso olhar para trás e ver os caminhos que trilhei. Ver a minha história com a sensação do dever cumprido.

Maria do Socorro Marques Dantas

Memorial MONT'SAINT

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Responsável pelo conteúdo da página:

Monaci Marques Dantas

Produção Geral:

MONT’SAINT

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