Memorial
Leonardo Guilherme D'Oliveira Santos
Memorial
Leonardo Guilherme D'Oliveira Santos
Uma Jornada de Honestidade, Honra e Determinação!
Origem
Leonardo Guilherme D’Oliveira Santos nasceu em 2 de maio de 1938 em Sumé, na Paraíba. Era filho do artista plástico – e ícone da cultura sumeense –, Miguel Guilherme dos Santos, e de Josefa Marciano, uma jovem pertencente à sociedade sumeense, filha do fazendeiro Marciano de Oliveira.
Seu pai, Miguel Guilherme, era pintor, artista plástico e poeta. Autodidata, além de produzir suas próprias tintas e pincéis, tinha um estilo próprio, e se tornou um dos maiores artistas da Paraíba no século XX, com destaque na arte sacra. Entre suas obras de destaque, estão os afrescos das igrejas matrizes de Sumé (Nossa Senhora da Conceição), de Monteiro (Nossa Senhora das Dores) e de Sertânia (Nossa Senhora da Conceição), bem como a Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição, em Campina Grande.
Miguel e Josefa geraram seis filhos. O mais velho dentre os irmãos foi Abelardo; o segundo foi João (Joãozito); em seguida, nasceu uma menina, Maria Emília; o quarto foi outra menina, Maria Salomé; o quinto foi Leonardo, seguido pela caçula, Maria Elizabete.
Infância
Leonardo cresceu em Sumé. Junto aos irmãos, dividia seu tempo entre a cidade e a propriedade rural de seu pai, a Fazenda Pedra D’água, localizada no sítio Tigre. Na cidade, mantinha uma rotina tranquila e caseira, preferindo não se aventurar pelas ruas. No entanto, quando partia para a roça, algo mágico acontecia: ele se conectava profundamente com a natureza.
Na Fazenda Pedra D’água, Leonardo experimentava a simplicidade da vida rural. Os campos se estendiam diante dele, e o canto dos pássaros o encantavam. O cheiro da terra recém-arada e o som da chuva que caía criavam uma sinfonia natural que acalmava sua alma.
Foi nesse cenário rural que Leonardo encontrou sua paz e inspiração, equilibrando com maestria as experiências da cidade e do campo ao longo de sua vida em Sumé.
Juventude
Leonardo Guilherme era um jovem simples de Sumé, frequentador assíduo dos forrós em que Júlio Preto, famoso sanfoneiro da região, apresentava-se. Isso evidenciava sua paixão ardente pela diversão desde cedo.
A simplicidade de Leonardo contrastava com a intensidade de sua alegria. Ele compreendia que a vida é curta e, portanto, deve ser aproveitada ao máximo. Nos forrós, entregava-se à música contagiante de Júlio Preto, dançando com entusiasmo e com um sorriso radiante que iluminava o ambiente.
Sob o céu estrelado do sertão nordestino, o jovem de 1,85 m de altura movia-se ao ritmo da sanfona com maestria. Seus passos de dança eram tão familiares quanto os acordes da música que ecoavam no ar. A juventude era, para ele, uma época de celebração e alegria, e ele vivia cada momento como se fosse o último.
Formação
Leonardo Guilherme teve sua formação educacional moldada inteiramente em sua cidade natal, Sumé. Nos primeiros passos de sua jornada acadêmica, ainda na infância, ele frequentou o Parque Infantil Presidente Vargas, onde cursou o primário, dando início ao seu percurso educacional.
À medida que crescia, seu compromisso com a aprendizagem o levou a buscar conhecimento de forma contínua. Concluiu o ensino fundamental no Grupo Escolar Desembargador Feitosa Ventura, consolidando suas bases educacionais na cidade que tanto amava.
No entanto, Leonardo não se contentou com o básico; já beirando os 40 anos, demonstrando determinação e vontade de aprimorar suas habilidades, ele concluiu o curso técnico em contabilidade no Ginásio Comercial Abgar Renault, posteriormente denominado E.E.E.F.M. Prof. José Gonçalves de Queiroz. Essa conquista demonstrou sua dedicação à educação e ao desenvolvimento de habilidades técnicas que enriqueceram sua vida e sua carreira. Sua formação educacional, sempre ligada à sua cidade natal, foi um testemunho de sua busca constante pelo conhecimento e pelo crescimento pessoal.
Carreira
Leonardo começou a trabalhar desde cedo. Ainda muito jovem, ajudava seu pai como auxiliar de serviços gerais nas obras. Ao alcançar a maioridade, na década de 1950, viajou para São Paulo (SP), onde permaneceu por aproximadamente um ano e meio, trabalhando, no Brás, como entregador de gás.
Ao retornar para sua terra natal, no final dos anos 50, assumiu o cargo de zelador do Grupo Escolar Desembargador Feitosa Ventura, localizado na Praça Cônego Silvia, s/n, no centro de Sumé.
O Músico
No mesmo período em que trabalhou no Grupo Escolar Desembargador Feitosa Ventura, ele ingressou na Sociedade Filarmônica São Tomé (uma banda fundada em 1926 na cidade de Sumé), onde tocava trombone de vara e, além de cantar na companhia do maestro Antônio Josué de Lima, também compunha.
Com seu vozeirão, Leonardo ganhou destaque e passou a animar os carnavais do São Tomé Esporte Clube, onde cantava e encantava com suas marchinhas carnavalescas. O cantor e trombonista herdou o dom da música de seu pai, que tocava violão e bandolim; no entanto, sua grande influência musical foi, indiscutivelmente, o maestro Antônio Josué de Lima.
Como membro da filarmônica, apresentou-se não apenas em Sumé e região, mas também em várias cidades do Nordeste, como Parelhas – RN, Timbaúba – PE, Caruaru – PE e Feira de Santana – BA. Mesmo sendo talentoso, não era músico profissional.
Leonardo permaneceu na filarmônica até 1967. Após sua saída, a banda persistiu por algum tempo, mas encerrou suas atividades até 1984, quando a Prefeitura Municipal de Sumé a reativou e lhe conferiu o nome de Filarmônica Municipal Maestro Antônio Josué de Lima, em homenagem ao seu primeiro maestro.
O Locutor
Logo após ingressar na banda e ganhar destaque, Leonardo participou, ao lado de Ivo Paulo, da implantação da difusora municipal em Sumé, onde também atuou como locutor, ampliando ainda mais sua popularidade.
A estrutura era composta por difusores espalhados pela cidade, em pontos estratégicos, a exemplo da igreja matriz e várias esquinas das principais ruas da cidade. Na difusora, eram anunciados assuntos diversos de interesse da população, como datas de vacinação, calendários escolares e tantos outros. Eram dois informes ao dia: o primeiro ocorria às 11h; já o segundo, às 17h.
O Funcionário Público
Sua notoriedade permitiu-lhe fazer amizades na sociedade sumeense, inclusive com servidores da administração municipal. Além dos amigos e colegas da prefeitura, havia Zita, sua namorada e futura esposa, que também era funcionária do município e amiga do então prefeito José Farias Braga, que, por volta de 1960, exercia seu segundo mandato.
Pouco tempo depois, devido à sua organização, Leonardo, além dos serviços prestados na difusora, passou a trabalhar também nas funções administrativas do executivo municipal, a princípio como assessor e, em seguida, como secretário-geral na administração de Newton Leite Rafael (Viton), eleito em 1963 para o segundo mandato.
Muito caprichoso em tudo o que fazia, o secretário conquistou seu espaço dentro da administração municipal e, mesmo após o término do mandato de Viton, em 1969, permaneceu no cargo durante as gestões subsequentes – dos prefeitos José Torres Mayer (1969 – 1972) e Sebastião Juvino da Silva (1972 – 1973) –; e, posteriormente, novamente na gestão de Viton, eleito para seu terceiro mandato em 1972, assumindo a prefeitura em 1973.
Além da secretaria, Leonardo Guilherme desempenhou papéis importantíssimos na Fundação de Saúde do Estado da Paraíba (Fusep) e no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no município de Sumé.
Na Fusep, Leonardo assumiu a direção do Hospital e Maternidade Alice de Almeida (Hospital Público de Sumé). Após a chegada do doutor Nilo Feitosa de Oliveira (Dr. Nilo), em 1969, que assumiu a direção do hospital, Leonardo passou a trabalhar no setor administrativo, auxiliando na gestão.
No IBGE, devido à sua capacidade de liderança, foi indicado, na década de 1970, para a coordenação executiva de um censo em Sumé. Após participar de treinamentos em João Pessoa e Campina Grande, montou uma equipe e iniciou os trabalhos. Dentre os membros de sua equipe estavam: Lulinha de Otávio Eronildo, o próprio Otávio Eronildo e Chagas, figuras conhecidas em Sumé. Ao término do trabalho, houve uma festa comemorativa em sua casa, onde ele recebeu de presente, como forma de gratidão, uma radiola (aparelho em que estão combinados um receptor de rádio e uma vitrola; rádio-vitrola.), da marca Philips.
Durante as quatro gestões, em que ele foi secretário municipal, coordenador do IBGE e diretor do hospital, desempenhou um papel notável em Sumé; com suas decisões firmes e assertivas, conquistou a confiança e o respeito tanto dos gestores quanto da população sumeense.
O Topógrafo
Ao ingressar no quadro de funcionários do executivo municipal, o secretário Leonardo Guilherme acompanhou de perto os últimos anos da construção do açude público de Sumé (na época, o maior da região, com capacidade de acumulação de 44.864.100 m³). Inicialmente, sua participação limitava-se ao acompanhamento da obra, mas, com o passar do tempo, ele aprendeu sobre topografia e acabou executando o serviço junto aos topógrafos presentes.
Ao término da obra, tornou-se comum que ele realizasse serviços topográficos em Sumé, mas vale ressaltar que nunca foi remunerado nessa área, pois o fazia por hobby.
O Empreendedor
Nos primeiros anos da década de 1970, além das obrigações que tinha para com o serviço público, Leonardo despertou seu lado empreendedor ao abrir, em Sumé, uma lanchonete com um perfil diferente dos modelos que existiam na cidade: a Saci Lanches. Toda a estrutura do negócio baseava-se nos modelos encontrados na cidade de Campina Grande, que era a cidade que servia de referência em desenvolvimento para toda a região.
A Saci Lanches foi um sucesso. Dona da primeira chapa da cidade, a lanchonete tinha um cardápio inovador e servia sanduíches como o bauru, o misto-quente e o americano, dentre outros, o que era uma grande novidade na região. Além disso, contava com uma grande variedade de sucos e servia batidas (um coquetel típico da culinária brasileira, geralmente composto por uma base alcoólica de cachaça ou vodka misturada com suco de fruta, açúcar ou leite condensado) e, como cortesia, os apreciadores das batidas ganhavam uma fatia de queijo do reino a cada coquetel pedido.
Apesar do sucesso do negócio e da organização financeira que Leonardo tinha, o seu compromisso com o município acabou influenciando diretamente o encerramento das suas atividades comerciais em meados dos anos 70, quando ele passou a dedicar-se em tempo integral às atividades públicas em Sumé.
O Político
Mesmo com sua trajetória ascendente no serviço público, Leonardo Guilherme não tinha ambições políticas. Respeitado e admirado pelas suas qualidades e pelos serviços prestados com firmeza e honradez, tornou-se o principal nome para suceder o prefeito Viton, mas, ao ser convidado para disputar as eleições municipais em 1976, o então secretário municipal, a princípio, não aceitou.
Num cenário político desafiador e com a sua popularidade em alta, não lhe restava outra opção que não fosse ceder às investidas da base governista e, após inúmeras tentativas, acabou cedendo e disputando as eleições naquele ano.
A chapa encabeçada por Leonardo Guilherme – e apoiada pelo prefeito Viton – contou com Francisco de Assis Quintans como candidato a vice-prefeito. Pela ARENA 1, a dupla enfrentou a chapa encabeçada por Sebastião Juvino da Silva e o seu candidato a vice, Heleno Gomes de Sousa, pela ARENA 2.
No pleito mais acirrado da história de Sumé, a emoção estava à flor da pele, enquanto a dupla Leonardo e Quintans aguardava ansiosamente os resultados. Durante quase toda a contagem, a derrota parecia iminente. No entanto, um momento incrível ocorreu ao abrirem as urnas de Amparo – que nessa época pertencia a Sumé –, onde a virada aconteceu de forma surpreendente.
As urnas de Amparo foram cruciais para o resultado da eleição; ali, a sorte sorriu para Leonardo e Quintans. Com uma reviravolta eletrizante, eles foram eleitos com uma diferença de apenas 151 votos. A tensão no ar deu lugar à celebração e à gratidão àqueles que apoiaram sua causa.
Ao final, o resultado foi claro: 1.997 votos para Leonardo e Quintans, contra 1.846 votos para seus opositores. Essa vitória apertada marcou para sempre a história política de Sumé, lembrando a todos que, mesmo diante das maiores adversidades, a vontade do povo pode prevalecer e moldar o destino de uma comunidade.
O Prefeito
O prefeito Leonardo Guilherme D’Oliveira Santos, uma figura ímpar que, com sua gestão notável, marcou Sumé, assumiu a prefeitura em 31 de janeiro de 1977 e permaneceu no cargo até o início de 1983.
No coração de sua administração, havia uma marca indelével: a honestidade. Essa virtude foi o alicerce sobre o qual ele executou uma série de realizações notáveis, que deixaram uma marca profunda na cidade.
Dentre as obras que definiram sua gestão, o Estádio José Jacinto, o Jacintão, destacou-se; com melhorias como alambrado, vestiários e arquibancadas, proporcionou à comunidade um espaço de lazer e esportes de primeira qualidade.
Além disso, também foi construído um novo matadouro público. Seu governo proporcionou melhorias significativas na infraestrutura da cidade, com pavimentação de vias e investimentos no saneamento básico.
Também foram construídos vários grupos escolares na zona rural do município, o que enriqueceu a educação nas áreas mais distantes do centro de Sumé . Seu compromisso com a educação foi notável; durante sua gestão, o ensino municipal se tornou uma referência, superando todos os índices de avaliações anteriores.
Com o tempo e a modernização do sistema de ensino, vários desses grupos escolares na zona rural foram desativados, refletindo as mudanças na sociedade.
O prefeito investiu em equipamentos, adquirindo a primeira patrulha mecanizada composta por motoniveladora (conhecida como patrol), caçamba, enchedeira e outros tratores. Com isso, além de melhorar a infraestrutura, possibilitou maior autonomia na execução das obras municipais.
Devido à sua influência, instalou-se em Sumé uma agência do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). O prédio da TELPA – Telecomunicações da Paraíba S/A – também foi construído, representando um avanço nas comunicações da cidade. Também foi construído o Centro Integrado de Educação do 1° Grau, na Avenida Primeiro de Abril, que, futuramente, passaria a abrigar a secretaria de Educação e Cultura de Sumé.
Sua influência também foi fundamental para a instalação de agências bancárias em Sumé, incluindo do Banco do Nordeste, o que impactou significativamente o desenvolvimento da cidade.
Uma característica notável de seu governo foi a transparência. No final de cada ano, o prefeito mandava produzir-se um jornal que destacava todos os feitos da prefeitura, distribuindo-o à população, garantindo que todos estivessem informados sobre as realizações do governo.
Ao final de seu mandato, Leonardo Guilherme fez algo verdadeiramente memorável: publicou uma nota, nos jornais do estado, convocando aqueles que tivessem alguma receita em atraso com a Prefeitura Municipal de Sumé a procurá-lo para receber os valores devidos. Surpreendentemente, ninguém apareceu, demonstrando o zelo e a responsabilidade com as finanças públicas que sempre o guiaram. Sua administração não acumulava dívidas, mas sim superávit, deixando uma quantia significativa nos cofres da prefeitura.
Mas o prefeito Leonardo Guilherme era mais do que um gestor eficaz; ele era um homem do povo. Nunca renunciou às suas amizades com pessoas simples, e era comum vê-lo sentado à mesa com pedreiros, serventes e trabalhadores de serviços gerais, demonstrando sua proximidade e humildade.
Sua dedicação à assistência social também foi notável, principalmente em prol da classe menos favorecida, que constantemente buscava ajuda na prefeitura para a compra de medicamentos, transportes de enfermos para centros médicos mais avançados, a exemplo de Campina Grande e da capital, João Pessoa, e para se suprirem tantas outras carências existentes na época.
Além disso, durante sua gestão, o LBA (Legião Brasileira de Assistência), com sede na Várzea Redonda e sob a liderança da primeira-dama Zita Vieira, desempenhou um papel crucial em Sumé, concentrando seus esforços em fornecer apoio essencial às mães da região.
Ainda no tocante à assistência social, no Natal, o prefeito demonstrava seu carinho ao distribuir presentes para as crianças, que acreditavam que esses mimos vinham diretamente do Papai Noel, enchendo seus corações de alegria e encanto natalinos.
Nesse mesmo período, sua dedicação ao desenvolvimento regional o levou a ser vice-presidente da ACAP – Associação dos Municípios do Cariri, em que lutou pelo progresso não apenas de Sumé, mas de toda a região.
A administração do prefeito Leonardo Guilherme D’Oliveira Santos é lembrada não apenas pelas obras físicas, mas pelo legado de honestidade, transparência e compromisso com a comunidade, tornando-se ele uma figura querida e respeitada na história de Sumé.
Naquela época, não era possível concorrer-se à reeleição. Portanto, para fortalecer ainda mais a aprovação de sua administração, o prefeito lançou seu apoio à candidatura de Genival Paulino de Sousa, conhecido como Vavá Paulino, e ao seu candidato a vice, Manoel de Queiroz Freitas, mais conhecido como Manoel Lourenço, pelo PDS2, nas eleições de 1982.
Na disputa, havia três chapas. Além dos candidatos apoiados pelo prefeito, também concorriam: Sebastião Juvino da Silva, com seu candidato a vice, Newton Leite Rafael (Viton), pelo PDS1, e Severino José de Oliveira, com seu candidato a vice, Jaime Viana de Queiroz, pelo PMDB. Vavá e Manoel foram eleitos, conquistando 62,47% dos votos válidos, o que garantiu não apenas a aprovação da gestão de Leonardo, mas também a continuidade do seu trabalho na administração municipal.
O Ex-prefeito
Após o término do seu mandato no início de 1983, o ex-prefeito não tinha a intenção de voltar a disputar eleições. Ao voltar para a Fusep, com a qual tinha um vínculo – e da qual se afastara para assumir o cargo executivo –, logo foi transferido para o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) em Sumé, onde inicialmente atuou como assistente técnico e, posteriormente, assumiu a chefia do setor administrativo e do departamento pessoal.
Nesse mesmo período, juntamente com seu sucessor, Vavá Paulino, Leonardo participou ativamente da fundação da Casa de Idosos Rosália Paulino, à frente da qual esteve, ao lado de sua esposa, Zita Vieira, por três décadas.
A essa altura, Leonardo havia imprimido sua marca no desenvolvimento do município e, mesmo sem pretensões futuras e sem buscar holofotes, participava, direta ou indiretamente, dos assuntos políticos em Sumé.
Em 1988, o ex-prefeito novamente cedeu e se afastou do DER para se submeter a um novo pleito. Dessa vez, foi candidato ao cargo de vice-prefeito, na chapa encabeçada por Francisco Duarte da Silva Neto (Dr. Neto), pelo PFL. Receberam apoio do prefeito Vavá. Com 62,44% dos votos válidos, foram eleitos e mantiveram o índice de aprovação obtido na disputa anterior.
Em 1992 ainda não era permitida a reeleição. A dupla governista se dividiu na disputa daquele ano. De um lado, estava o Prefeito Dr. Neto, que inicialmente apoiou a candidatura de Fabíola Ferreira, cuja candidatura foi indeferida, sendo substituída por Francisco de Assis Quintans e seu candidato a vice, João Barros de Oliveira, pelo PRN. Do outro lado, o vice-prefeito Leonardo Guilherme apoiou a candidatura de Vavá Paulino e seu candidato a vice, Francisco das Chagas Lima, pelo PDT.
Contabilizados os votos, apurou-se que Vavá Paulino e Francisco das Chagas receberam 52,44% dos votos válidos, que lhes garantiram a eleição e, consequentemente, mais uma vitória para Leonardo em sua carreira política na cidade de Sumé.
Ao término do mandato como vice-prefeito, no início de 1993, Leonardo se despediu da prefeitura e retornou ao cargo que havia deixado, em licença, em 1988, no DER, onde permaneceu até sua aposentadoria em 13 de julho de 1997.
A partir daí, o ex-prefeito optou por não se envolver diretamente em disputas políticas em Sumé, dedicando-se a outros aspectos de sua vida. No entanto, sua influência e sabedoria política continuaram a ser reconhecidas, atraindo frequentes visitas de líderes políticos, não apenas de Sumé, mas de toda a Paraíba. Sua trajetória política e o legado de integridade e comprometimento que deixou continuaram a inspirar gerações posteriores na busca por um serviço público dedicado e responsável.
Família
O Início
Durante a sua adolescência, Leonardo cruzou o caminho de Zita Vieira de Oliveira, uma jovem sumeense que pertencia à sociedade local. Ela era neta de Antônio Jacinto de Oliveira, um comerciante do ramo algodoeiro (o “ouro branco” daquela época), e a primogênita de Otília Vieira de Melo e José Jacinto de Oliveira, um entusiasta que introduziu o futebol em Sumé, sendo homenageado com o nome do estádio municipal.
Leonardo e Zita embarcaram em um namoro que perdurou por um tempo considerável, até que Leonardo precisou fazer uma viagem para São Paulo (SP), o que levou a uma pausa no relacionamento deles. Apesar da distância e da ausência de um compromisso formal, o casal parecia esperar um pelo outro.
Após o retorno de Leonardo, eles conseguiram se entender e retomar a relação. Ambos tinham personalidades fortes, o que ocasionalmente resultava em desentendimentos, mas, no final das contas, sempre encontravam um caminho de reconciliação.
O Casamento
Após anos de namoro e um noivado que consolidou seu compromisso, Leonardo e Zita finalmente celebraram seu casamento em 29 de fevereiro de 1964, na Igreja Nossa Senhora da Conceição, a igreja matriz de Sumé. A cerimônia ocorreu às 10h da manhã e foi seguida por um almoço comemorativo na casa dos pais da noiva, localizada próximo à igreja.
Antes de se casarem, eles haviam construído uma casa na rua Presidente Kennedy (posteriormente rua Marcos Albino Rafael) 19, no centro de Sumé. Após o casamento, iniciaram sua jornada familiar naquela casa, onde viveram juntos durante todo o tempo em que estiveram casados.
Os Filhos
Leonardo e Zita tiveram três filhos. O primeiro, Lamartine Vieira Santos, nasceu em 1º de agosto de 1965, na cidade de Campina Grande (PB), devido a complicações no parto. Posteriormente, em casa, nasceu uma menina, Jacquelline Vieira de Oliveira, em 6 de maio de 1967. Por último, passados quase cinco anos, nasceu mais uma menina, a caçula, Karla Simone Vieira Santos, em 4 de janeiro de 1972, no Hospital e Maternidade Alice de Almeida, em Sumé.
Desde muito cedo, Leonardo foi um pai presente, que acompanhava o dia a dia dos filhos. Em sua casa, os horários das refeições eram sagrados, e ele fazia questão de que todos estivessem juntos, sentados à mesa. Cuidadoso com os horários, tomava o devido cuidado para que acordassem cedo e não se atrasassem para as aulas. Tanto Leonardo quanto Zita acompanhavam a rotina escolar das crianças, desde as tarefas até visitas à escola para saber como as coisas estavam por lá.
Leonardo não mediu esforços para educar seus filhos. Foi um grande incentivador nos estudos e, desde cedo, investiu em tudo o que fosse necessário para vê-los formados, desde a compra de material escolar de qualidade, incluindo livros comprados em Campina Grande, até a aquisição de uma casa na mesma cidade para que pudessem ter acesso às universidades existentes lá.
Outro cuidado que Leonardo dispensava aos filhos era quanto à questão financeira. Desde cedo, além de ensinar-lhes não desejarem o que não fosse deles, educou-os para gastarem apenas o que o orçamento permitisse, preparando-os para conquistarem suas independências financeiras. O pai fornecia uma quantia semanal para que cada um se organizasse diariamente e garantisse o lanche para todos os dias da semana.
Graças a todos esses cuidados, seus três filhos concluíram o ensino superior. Lamartine se formou em administração de empresas pela Unifacisa, em Campina Grande. Jacquelline concluiu letras pela AESA – Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde –, em Arcoverde (PE), e gestão pública pela UFCG – Universidade Federal de Campina Grande, no campus Sumé. Karla concluiu psicologia na UNIPÊ – centro universitário de João Pessoa, na capital paraibana.
Leonardo era um defensor da moral e dos bons costumes, criando seus filhos com atitudes firmes e ensinando-lhes os caminhos da honradez, do respeito e da honestidade. Ele era um pai rigoroso, que não cedia diante de atitudes que não estivessem de acordo com seus valores. Mesmo diante da hierarquia imposta por Leonardo, um pai conservador, este se tornou o maior exemplo e motivo de inspiração para seus filhos.
Citação
“Se um filho meu for preso por algo errado, eu não irei à cadeia soltá-lo.”
(Leonardo Guilherme)
Os Netos
Leonardo teve apenas dois netos. O primeiro, Thomas, filho de Jacquelline, nasceu em 3 de maio de 1996, seguido por Leonardo (Leozinho, como ele o chamava), filho de Karla, que nasceu em 23 de outubro de 2010.
A convivência de Leonardo Guilherme com seus dois netos, Thomas e Léo, foi marcada por momentos especiais e laços afetivos profundos.
Thomas, que morava próximo à casa dos avós em Sumé, tinha uma relação próxima com seu avô desde muito cedo. Mesmo sendo criado por seus pais, sempre que necessário, ele ficava na casa dos avós. Quando os pais de Thomas se separaram, sua mãe, Jacquelline, continuou a cuidar dele, mas Leonardo desempenhou um papel fundamental em sua vida. Ele não era apenas um avô, mas também uma figura paterna influente para Thomas. Os momentos compartilhados, as histórias contadas e o apoio incondicional de Leonardo moldaram a infância e a personalidade do neto.
Léo, por outro lado, nasceu em João Pessoa, e o contato com seus avós era menos frequente, limitado às férias e às visitas, quando seus pais iam a Sumé, ou quando o avô viajava para a capital. Apesar disso, a conexão entre Léo e seu avô era igualmente profunda. O nascimento de Léo, coincidindo com o nascimento de uma bezerra na fazenda de Leonardo, foi um momento simbólico que marcou o início dessa relação especial. Leonardo presenteou o neto com essa bezerra, criando um vínculo ainda mais especial entre os dois. As visitas de Léo a fazenda eram repletas de aventuras, correndo atrás dos animais e saboreando frutas frescas, o garoto nos braços acolhedores do avô.
Em resumo, a convivência entre Leonardo Guilherme e seus netos foi repleta de carinho, ensinamentos e momentos que deixaram marcas duradouras na vida de ambos os jovens. O avô desempenhou papéis significativos nas vidas de Thomas e Léo, deixando uma herança de amor e valores que eles levarão consigo ao longo de suas vidas.
O Casal
Apesar de suas personalidades fortes, o casal compartilhou uma vida harmoniosa, vivendo uma linda história de respeito, amor e cumplicidade.
Leonardo e Zita eram verdadeiramente complementares. Ela era uma presença ativa nas atividades religiosas e, quando precisava, contava com o apoio do marido. Juntos, desempenharam um papel essencial à frente da Casa de Idosos Rosália Paulino por décadas, demonstrando seu compromisso mútuo e amor pela comunidade.
O matrimônio durou mais de quarenta e oito anos, enfrentando juntos todos os desafios da vida. Zita, com incrível coragem, lutou contra o câncer no estômago no final dos anos 90, passando por tratamentos difíceis. Parecia ter vencido a doença, mas, aproximadamente quinze anos depois, os sintomas voltaram. Apesar de buscarem incansavelmente todos os tratamentos disponíveis, infelizmente, não conseguiram preservar sua vida. A partida de Zita em 12 de julho de 2012 deixou um vazio profundo, marcando o fim de uma história de amor e parceria que tocava os corações de todos ao seu redor.
Preferências
Culinária
Leonardo possuía uma profunda apreciação pela culinária regional, imerso nas tradições que transbordavam sabores autênticos. Dentre as iguarias que cativavam seu paladar, destacavam-se o bode guisado, queijo coalho, coalhada, cuscuz, sopa, traíra cozida, o feijão macassar (feijão-de-corda), a farinha de mandioca, o ovo frito e o doce de leite.
Brincalhão, quando faziam, em sua casa, algum prato especial, com mais requinte, ele dizia: “É, uma vez no ano, pode ser”.
Música
Apaixonado pela música popular brasileira, seus cantores preferidos eram Alcione, Nelson Gonçalves, Altemar Dutra, Antônio Marcos, Benito Di Paula, João Nogueira, Fagner, dentre outros. Além disso, nutria um gosto especial por músicas instrumentais, destacando-se seu apreço pelas melodias de Ray Conniff e pela envolvente Orquestra Super Oara.
Esportes
O esporte desempenhou um papel significativo na rotina diária de Leonardo. Durante a juventude, ele praticou futebol e voleibol na cidade de Sumé. Além de ser torcedor e membro sócio-proprietário do São Tomé Esporte Clube, seu coração também batia fervorosamente pelo Vasco da Gama, um time pelo qual nutria uma paixão inabalável no cenário esportivo nacional.
Leituras
Leonardo nutria um apreço profundo pelo ato da leitura, encontrando nesse hábito uma fonte inestimável de conhecimento e enriquecimento pessoal, ao mesmo tempo em que se dedicava com afinco a manter-se constantemente atualizado e informado sobre as mais diversas esferas do saber.
Leonardo era assinante das revistas Manchete, Seleções e Veja, e dos jornais impressos Jornal do Norte e Diário da Borborema. Era comum vê-lo lendo em seu dia a dia.
Passatempo
Além do hábito da leitura, ele costumava preencher revistas com palavras-cruzadas. Além disso, Leonardo tinha um grande apreço por festividades, e nos finais de semana, seu passatempo predileto consistia em compartilhar momentos regados a uma dose de cachaça junto aos amigos, sendo a Caranguejo a sua marca preferida.
Fazenda
A sua propriedade rural representava o seu próprio paraíso singular. A Fazenda Pedra D’água, constituía uma herança paterna, servindo como um refúgio habitual para Leonardo nos fins de semana. Ladeado por amigos, frequentemente moradores humildes da região, ele sintonizava-se com suas canções favoritas e degustava sua cachaça, aproveitando todas as dádivas que a natureza oferecia.
É importante mencionar que, inicialmente, Leonardo herdou apenas uma parte dessa propriedade. No entanto, com dedicação e esforço, ele adquiriu as partes referentes às heranças de seus irmãos, tornando-se finalmente o proprietário de toda a extensão da terra no Sítio Pedra D’água. Esse feito não apenas fortaleceu sua conexão com o local, mas também destacou sua determinação em preservar e honrar a herança familiar que agora repousava inteiramente em suas mãos.
Trajes
Leonardo Guilherme era um homem que, embora simples em sua essência, trajava-se com primor, revelando um gosto apreciável por vestimentas sociais, alpercatas e o icônico chapéu de massa.
Religião
Católico (e devoto de Nossa Senhora Aparecida), Leonardo não mantinha uma rotina estritamente dedicada à igreja; no entanto, comparecia às missas, procissões e eventos mais relevantes do calendário religioso em Sumé. Sua participação não se limitava a isso; ele sempre prestava apoio às necessidades operacionais do dia a dia da igreja, fosse providenciando transporte para a locomoção da santa ou dos fiéis, fosse contribuindo para as obras de preservação e melhorias das estruturas.
Bordão
“Pobre só tem o nome, se perder, já era.”
(Leonardo Guilherme)
Personalidade
Leonardo era um homem caridoso e extrovertido que, ao lado de sua esposa, transformou sua vida em um ato de benevolência. Além das diversas obras de caridade, realizadas no dia a dia, o casal dedicou, aproximadamente, três décadas à direção voluntária da Casa dos Idosos Rosália Paulino. Ele também era brincalhão e adorava contar piadas.
Sua retidão de caráter era notória. Era um homem de respostas diretas e objetivas, capaz de conduzir com sucesso todas as situações; mesmo sendo sincero (ou talvez por isso), ele conseguia cativar as pessoas ao seu redor. No entanto, vale mencionar que Leonardo era um homem conservador, que não aceitava ser contrariado, o que fazia com que ele se retraísse em suas relações interpessoais. Apesar do seu jeito durão, ele também era emotivo e não hesitava em chorar diante de situações adversas.
Se alguém lhe pedisse dinheiro emprestado, ele preferia dar a emprestar, refletindo-se sua generosidade e disposição em ajudar ao próximo. Honesto, o ex-prefeito prezava por seu nome, considerando sua integridade moral inegociável. Tanto é que, em certa ocasião, ao juntar uma quantia em dinheiro para comprar um carro (Volkswagen Brasília), tomou o devido cuidado para evitar más interpretações, antecipando a compra antes de assumir a prefeitura.
Leonardo era um homem simples, honrado e digno, que não tolerava mentiras e, ao lidar com qualquer assunto e com qualquer pessoa, dispensava o uso de intermediários. A determinação também era um traço marcante de sua personalidade; sempre que decidia realizar algo, persistia até alcançar o objetivo.
Além disso, ao longo de seu mandato na prefeitura, manteve sempre as portas de seu gabinete abertas, demonstrando seu compromisso com a acessibilidade das pessoas e a sua proximidade com elas. Embora fosse conhecido por sua postura reservada, ele se mostrava acessível a quem o procurasse, principalmente àqueles que buscavam ajuda para a compra de medicamentos.
Vida Social
Leonardo, apesar de seletivo e retraído, fez muitas amizades, e sempre esteve presente nos eventos de sua cidade; indiscutivelmente, muito contribuiu com a sociedade sumeense. Desde cedo, ele demonstrou seu comprometimento com a comunidade local.
Os bailes de formatura em Sumé também contavam com a sua presença. Era comum vê-lo compor a mesa de honra nas colações de grau em sua cidade.
Devido à sua natureza humana generosa e participativa, Leonardo recebeu inúmeras solicitações, ao longo da vida, para o apadrinhamento de crianças, acumulando mais de cem afilhados.
Além disso, era frequentemente requisitado como testemunha e padrinho em cerimônias de casamento, reforçando ainda mais o seu compromisso com a sociedade.
Seus finais de semana eram destinados ao descanso e ao lazer, assim como os seus dias úteis eram dedicados exclusivamente ao trabalho e aos cuidados familiares. No entanto, sua participação ativa na vida da cidade ia além dos eventos sociais.
Leonardo não apenas frequentava os eventos sociais em Sumé, mas também se envolvia ativamente em causas de interesse público. Ele adorava participar de bingos beneficentes, onde não apenas marcava presença nos eventos, mas também contribuía de maneira significativa, muitas vezes doando do próprio bolso para auxiliar os times de futebol da comunidade. Além disso, ele organizava mutirões para diversas finalidades, como melhorias em vias públicas, praças, igrejas e associações, bem como para ajudar alguém, em particular, a construir sua casa.
Sua participação, sempre no meio do povo, não se limitava ao patrocínio de comida e cachaça para os trabalhadores, mas também incluía o fornecimento de materiais essenciais, como tijolos, telhas e outros recursos necessários para a execução dos serviços. Além disso, ele estava envolvido no transporte de pessoas e do material, demonstrando seu comprometimento com a comunidade de Sumé de diversas maneiras.
Sua rotina cotidiana também incluía visitas frequentes à mercearia de Ataíde, situada na Avenida Primeiro de Abril, que era seu amigo de longa data. Lá, ele fortalecia laços com a comunidade local e mantinha sua conexão com as suas raízes.
Despedida
Nos últimos capítulos da vida de Leonardo Guilherme, vemos um homem que decidiu se despedir de uma longa jornada com a mesma dignidade e graça que o caracterizaram ao longo dos anos. Já aposentado de seu emprego no DER, ele tomou a decisão de se afastar definitivamente da administração da Casa dos Idosos Rosália Paulino, passando a responsabilidade para sua filha, Jacquelline.
Em 2015, Leonardo se afastou completamente das decisões do abrigo que havia apoiado por tanto tempo. Com a tranquilidade da aposentadoria de seu emprego formal, ele optou por preencher seus dias com a beleza serena da vida no campo, dividindo seu tempo entre a cidade e seu sítio.
Sua saúde, apesar de não registrar um histórico de doenças graves, começou a se enfraquecer devido ao uso ocasional de medicamentos sem prescrição médica, principalmente para aliviar dores na coluna, prejudicando seus rins. Com isso, em 2017, ele começou um tratamento em Campina Grande, aonde ia três vezes por semana para sessões de hemodiálise.
Embora nem sempre fosse tão determinado em relação ao tratamento, Leonardo comparecia a cada sessão com resiliência. Com altos e baixos, e mesmo contando com o apoio constante de sua família, sua saúde continuava a se deteriorar.
Foi na segunda-feira, 12 de março de 2018, que Leonardo Guilherme escreveu a última página de sua história. Na manhã daquele dia, ele deu entrada no Hospital e Maternidade Alice de Almeida, em Sumé, por volta das 10h e, pouco tempo depois, o sábio e resiliente homem partiu, deixando um legado de honestidade, honra e determinação que jamais será esquecido.
Depoimentos
Depoimentos dos Amigos
“Agradeço por esta oportunidade de falar sobre Leonardo Guilherme. É realmente uma felicidade e uma honra falar sobre ele. Quando cheguei a Sumé, ainda criança, em 1969, tive a sorte de tê-lo como meu secretário no hospital. Era honesto, trabalhador e responsável. Tive também a alegria de ser o médico dele e de sua família, e de trazer seus filhos ao mundo. Isso foi um dos motivos pelos quais ele me honrou com a alegria de sermos compadres. Falar de Leonardo é muito fácil, é muito agradável, porque ele foi um baluarte, um exemplo para Sumé, um exemplo para o Cariri e uma pessoa exemplar. Agradeço pela oportunidade que me foi concedida e gostaria de encerrar dizendo que muitas das coisas que me trouxeram a Sumé foram valiosas, incluindo boas e saudáveis amizades, e uma delas foi a oportunidade de me tornar amigo de Leonardo Guilherme. Agradeço a todos, e que Deus abençoe a todos nós, que abençoe os sumeenses.”
Nilo Feitosa (Dr. Nilo)
Depoimentos dos Familiares
Homenagens
Sem dúvidas, Leonardo Guilherme deixou uma marca indelével em Sumé. Sua trajetória é, por si só, uma evidência de sua notoriedade e relevância histórica. Durante sua vida, entre os inúmeros reconhecimentos que recebeu, destaca-se o título de Burocrata do Ano de 1973, como um reconhecimento merecido por seus serviços prestados em prol da sociedade sumeense.
Em 26 de abril de 2021, o prefeito Éden Duarte inaugurou a Praça Leonardo Guilherme D’Oliveira Santos, localizada na Várzea e perto das ruas Vicente Matias, Sebastião Viana, Vitalino Teixeira de Vasconcelos e Manoel Paulino. A homenagem presta tributo ao ex-prefeito, Leonardo Guilherme, reconhecendo sua dedicação à cultura, à educação e aos demais serviços prestados à sociedade sumeense. O espaço oferece à comunidade um local acolhedor para convívio e lazer, representando o legado do homenageado.
Galeria de Fotos
Conclusão
Em suma, o registro histórico de sua vida é um testemunho inspirador de alguém que abraçou cada momento da vida com paixão e dedicação. Sua habilidade de construir amizades profundas, tanto na política quanto em sua vida pessoal, revela sua natureza carismática e generosa. À medida que relembramos sua jornada, a saudade que ele deixou em Sumé é um reflexo tangível do impacto que ele teve na sociedade. Seu legado perdurará como um lembrete de como se viver intensamente e se cultivarem conexões significativas podem enriquecer nossas vidas e as vidas daqueles ao nosso redor.
Memorial MONT'SAINT
Para acessar outros memoriais, clique no botão abaixo.
Responsável pelo conteúdo da página:
Jacquelline Vieira de Oliveira Brandão
Produção Geral:
MONT’SAINT
Faça uma Homenagem
Quer eternizar a memória de alguém especial? Esse é o lugar certo para isso. Homenageie seu ente querido e preserve sua história para que seja lembrada por todos. Clique no botão abaixo para entrar em contato e descobrir como contratar nossos serviços e criar uma homenagem personalizada e significativa, mantendo viva a memória daqueles que amamos.