Memorial

Geraldo Arnaud de Assis Júnior

Perfilo - Geraldinho

Memorial

Geraldo Arnaud de Assis Júnior

Um Legado de Determinação e Generosidade

Origem

Seus pais, Geraldo Arnaud de Assis e Ivanil Salgado de Assis, ambos descendentes de famílias tradicionais e bem-conceituadas da sociedade pombalense, eram primos e se casaram em 28 de dezembro de 1950, na Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, igreja matriz da cidade de Pombal – PB, dando início à construção de uma nova família. A cerimônia foi conduzida pelo Pe. Valeriano, que era tio-avô dos noivos.

Passaram-se alguns anos, e os cônjuges enfrentaram dificuldades para ter o primeiro filho, tanto que, em meados da década de 50, adotaram Alberto – Beca, como ficou conhecido. Beca era sobrinho de Geraldo e, aos quatro anos, foi recebido pelo casal com muito amor.

Geraldo Arnaud de Assis e Ivanil Salgado de Assis / Foto: Acervo da família

No final do ano de 1956, após perderem as esperanças, chegou a tão sonhada notícia da gravidez de Ivanil, que carregava em seu ventre seu primeiro filho biológico. Em 23 de agosto de 1957, era chegada a hora. Azuil Arruda de Assis – primo de Ivanil –, médico, conduziu o procedimento e, devido às complicações, fez uso de fórceps (um instrumento para retirada do bebê quando este está em sofrimento fetal ou quando a mãe não consegue fazer forças para a descida pelo canal vaginal. São ajustadas duas pás na cabeça do bebê, e ele é puxado pelo canal vaginal); em casa, o parto foi um sucesso; e o bebê, que nasceu cheio de saúde, recebeu o nome de Geraldo Arnaud de Assis Júnior, Geraldinho, como ficou conhecido.

Em seguida, o casal teve mais três filhos: Olenka, Odilon e Ivanoska.

Tita, Olenka, Odilon, Ivanoska, kurt e Geraldinho / Foto: Acervo da família

Tita, trabalhava na casa de Geraldo e Ivanil; tendo participação muito relevante na criação de Geraldinho e seus irmãos. Essa relação de afeto e carinho que se estabeleceu entre Tita e os meninos, durou por toda a vida.

Infância

Geraldinho teve uma infância típica de interior, movida a simplicidade; criatividade era o que não faltava. Uma de suas primeiras brincadeiras foi de faroeste: ele e os amigos, com cavalinhos e bonecos de plástico, faziam guerras entre cowboys e índios. Depois, essa brincadeira passou a ser com cavalos de pau, porém, sempre carregando a mesma essência. Desde cedo, já demonstrava seu espírito guerreiro, que o transformaria num grande homem.

À medida que o tempo foi passando, as brincadeiras foram evoluindo, e ele e seus amigos formaram um conjunto musical (The Scorpions). Tudo era improvisado e desafinado; construíram os instrumentos: guitarras (feitas de compensado e com linha de náilon), bateria (feita com latas e sacos de cimento), etc.; naquela época, eles se sentiam verdadeiros músicos.

O futebol também esteve presente em sua infância. Com os amigos, brincava com bolas pelas ruas de Pombal – PB, descalço, até nos horários mais quentes do dia.

Em todas as brincadeiras, apesar de muito jovem, Geraldinho já tinha o dom de liderar e sempre estava à frente de tudo de que participava.

Geraldinho, Odilon e Kurt / Foto: Acervo da família
Olenka, Geraldinho, Odilon, Tita, Kurt e Ivanoska / Foto: Acervo da família

Vale ressaltar, que desde muito cedo, Geraldinho construiu um laço de amizade muito forte com Tarcísio Assis Bandeira (Tatá), que além de ser seu primo, tempos depois, ao casar-se com Ivanoska, se tornou seu cunhado.

Formação

Iniciou os estudos no Grupo Escolar João da Mata, que depois passou a se chamar EEEFM João da Mata, na cidade de Pombal – PB, no início da década de 1960. Pouco tempo depois, sua família se mudou para Campina Grande – PB, e, lá, ele estudou, até a 6ª série, no Instituto Eugênio Pacelli e no Colégio Pio XI, retornando a Pombal em 1970; e cursou a 7ª e a 8ª séries no Colégio Estadual de Pombal, que depois passou a se chamar EEEFM Arruda Câmara.

Em 1972, foi novamente para Campina Grande – PB, onde cursou, no Colégio Estadual da Prata, o ensino médio, tendo sua conclusão em 1974.

Aprovado no vestibular para Medicina no final de 1974, ingressou na UFPB (Universidade Federal da Paraíba) no início de 1975, no câmpus da cidade de Campina Grande – PB, onde permaneceu até o final de 1976.

Carteira de Estudante (frente) / Fonte: Acervo da família
Carteira de Estudante (verso) / Fonte: Acervo da família

Em seguida, foi transferido para o câmpus da capital do estado (João Pessoa – PB), onde deu continuidade aos estudos até a formatura em 26 de dezembro de 1980. Além de todas as certificações recebidas na Paraíba, no último ano de sua formação, fez especializações também no estado de São Paulo.

Muito dedicado e pontual, Geraldinho não faltava às aulas e cumpria sua jornada de estudos à risca, garantindo 100% de aproveitamento em todas as disciplinas do curso de medicina.

Apesar de ter sido um ótimo aluno em todas as disciplinas, sempre foi destaque na área de humanas. Isso já era um indício da forte conexão que teria com a sua profissão.

Diploma de conclusão do curso de medicina / Fonte: Acervo da família

Carreira

Dr. Geraldinho, como era conhecido, dedicou sua vida à medicina, porém, a política sempre fez parte do seu dia a dia. Desde que ingressou no curso de medicina, já conciliava as duas áreas, e assim foi durante toda a sua jornada.

Logo ao entrar na universidade, em 1975, ingressou na Associação dos Estudantes Universitários de Pombal – PB (AEUP). No ano seguinte, 1976, disputou as eleições para a presidência da referida associação e saiu vitorioso, dando início à sua carreira política. Sua gestão durou dois anos.

Carteira de Sócio - AEUP 1976 / Fonte: Acervo da família
Carteira de Sócio - AEUP 1977 / Fonte: Acervo da família

No início da década de 1980, formado e com especialização em anestesia, deu início à sua jornada como médico, no Hospital Sinhá Carneiro, na cidade de Pombal – PB.

Ainda no início da década de 1980, presidiu o Pombal Ideal Clube por um período de dois anos.

Título Patrimonial - Pombal Ideal Clube / Fonte: Acervo da família

No final do ano de 1982, foi convidado para ser Secretário de Saúde do Município de Pombal – PB, na gestão do Prefeito Levi Olímpio Ferreira, que assumiria o posto no início de 1983; aceitou e permaneceu no cargo até o final do mandato, no ano de 1988.

Em 1988, foi fundada, na cidade de Pombal – PB, a Rádio Bom Sucesso; tendo Dr. Geraldinho como seu diretor. Ocupou o cargo até 1992, quando teve que se afastar para se candidatar a prefeito de Pombal – PB.

Disputou as eleições municipais em 1992; candidato a prefeito pelo Partido da Social-Democracia Brasileira – PSDB, e teve como candidato a vice-prefeito, em sua chapa, Miguel Francelino de Queiroz – PFL, pela Coligação Pombal de Todos Nós. As eleições ocorreram em um sábado, dia 3 de outubro daquele ano, porém, apesar de todo esforço, não conseguiram se eleger.

Santinho - Campanha 1992 / Fonte: Acervo da família

No final da década de 1990, pelo PSDB, foi candidato a deputado estadual pela, Coligação Paraíba Unida. As eleições ocorreram no dia 4 de outubro de 1998, e Dr. Geraldinho recebeu 10.533 (dez mil, quinhentos e trinta e três) votos, mas não foram suficientes para elegê-lo, faltando, apenas, cerca de 1300 votos para garantir a sua vaga na Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba. Os votos que recebeu, mesmo não sendo suficientes, garantiram-lhe a suplência do partido na Assembleia.

Santinho - Campanha 1998 / Fonte: Acervo da família

Em 2000, ainda movido pela esperança de se tornar prefeito de Pombal – PB pelo PSDB, Dr. Geraldinho se candidatou mais uma vez ao cargo, tendo, como companheiro de chapa, o também médico André Avelino de Queiroga – PMDB, pela Coligação Do Jeito que o Povo Quer (PSDB/PMDB/PPB). As eleições ocorreram em primeiro de outubro, porém, o sonho de ser prefeito mais uma vez foi adiado, após a apuração dos votos.

Em 2004, Dr. Geraldinho disputou novamente as eleições municipais na cidade de Pombal – PB. Dessa vez, ainda filiado ao Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), candidatou-se ao cargo de vice-prefeito, na chapa encabeçada pelo empresário e advogado Dr. Oséas Martins (PTB), pela Coligação Rumo ao Desenvolvimento (PTB/PSDB). As eleições ocorreram no dia 3 de outubro daquele ano, e a dupla recebeu 39,67% dos votos válidos, não sendo suficientes para se eleger.

Mais uma vez, pelo Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), em 2008, foi candidato a vice-prefeito da cidade Pombal – PB, na chapa de Yasnaia Pollyanna Dantas Werton – PT, pela Coligação Pombal Para Todos. As eleições ocorreram no dia 5 de outubro e a dupla saiu vitoriosa do pleito. O mandato durou de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012.

A dupla, Pollyanna e Dr. Geraldinho, concorreu à reeleição; dessa vez, pelos mesmos partidos, PT e PSDB, juntaram-se aos partidos PDT, PSL, PR, PMN, PSB e PV, formando a Coligação Pombal Maior e Melhor. As eleições ocorreram em 7 de outubro de 2012, quando saíram vitoriosos e garantiram o segundo mandato, que se iniciou em 1º  de janeiro de 2013 e durou até 31 de dezembro de 2016.

Santinho - Campanha 2012 / Fonte: Acervo da família
Diploma de Vice-prefeito - Pombal - PB / Fonte: Arquivo da família

Dr. Geraldinho era a liderança do PSDB em sua cidade; esse foi o partido no qual trilhou toda a sua carreira política.

Cássio Cunha Lima e Geraldinho / Foto: Reprodução

Durante os quase quarenta anos em que atuou como médico, na cidade de Pombal – PB e região, Dr. Geraldinho exerceu os cargos de:

  • Secretário de Saúde do município de Pombal – PB;
  • Diretor administrativo do Hospital Regional de Pombal – PB (Hospital Senador Rui Carneiro);
  • Diretor Clínico do Hospital Sinhá Carneiro;
  • Diretor da UPA de Pombal – PB.

Além do trabalho em Pombal – PB, Dr. Geraldinho também atuou como médico em outras cidades do sertão paraibano, como: Paulista, São Mamede, São Bento, São Bentinho e Santa Luzia, dentre outras.

Amava a sua profissão, exercendo-a com muito gosto. Clínico geral e anestesista, dos mais bem-conceituados da região, estava apto a atender em qualquer situação. Seus plantões costumavam ser cheios, devido ao nível de confiança que as pessoas tinham no seu trabalho. Mesmo assim, na maioria das vezes, eram plantões tranquilos devido a sua capacidade de tornar as coisas melhores à sua volta.

Carinhoso e respeitoso com todos, chegava para trabalhar bem-humorado e pontualmente. Ao chegar ao trabalho, suas assistentes brincavam: perguntavam se, naquele dia, ele estava de Geraldinho ou de Geraldão, referindo-se ao seu humor. Logo, ele sorria e dizia: “Estou de Geraldinho”. Em seguida, perguntava: “Já rezaram hoje?”. Se, por algum motivo, houvesse complicações durante o plantão, ele dizia: “Também, vocês não rezam!” Dr. Geraldinho acreditava muito no poder da oração.

Independentemente do dia, local e hora, se alguém precisasse de atendimento, fosse quem fosse, ele estava lá, disponível. Além de consultas, Dr. Geraldinho não media esforços; comumente comprava remédios com seu próprio dinheiro e doava para os mais necessitados. Vale ressaltar que isso não acontecia apenas em Pombal – PB, onde tinha uma vida política, mas em qualquer lugar em que estivesse. Além de um excelente profissional, Dr. Geraldinho era um homem de generosidade incontestável.

Vez ou outra, falava em aposentadoria, mas a paixão pela medicina, pela política e pelas pessoas falavam mais alto. Para quem o conhecia, era evidente que ele não se aposentaria tão cedo.

Incansável, Dr. Geraldinho, além da sua jornada de trabalho, arrumava tempo para se qualificar. Ao longo da sua carreira, nunca deixou de se atualizar; fazia cursos diversos e participava de seminários de medicina com frequência.

Cursos e Especializações
Homenagens e Premiações

Família

O Início

No final da década de 1970, Evanalba Rodrigues Calixto (Neném), uma jovem de catorze anos, amiga de Ivanoska, tinha o hábito de passar na casa da amiga para irem, juntas, à Escola José Bezerra, onde estudavam. Além de irem à escola, Neném frequentava a casa da família. Nessa época, Geraldinho estudava em Campina Grande – PB, mas, sempre que ia a Pombal, encontrava Neném; ficaram amigos e, em seguida, começaram namorar.

O Casamento

Após aproximadamente cinco anos de namoro, casaram-se. A cerimônia aconteceu na Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, igreja matriz da cidade de Pombal – PB, às 6h da manhã do dia 4 de março de 1983. Em seguida, houve um café da manhã na casa dos pais da noiva, em comemoração ao enlace. Depois, viajaram para a cidade de Brejo das Freiras – PB, onde passaram a lua de mel. Após o casamento, Neném passou a usar o nome Evanalba Rodrigues Calixto Arnaud.

Geraldinho e Ivanil Salgado / Foto: Acervo da família
Geraldinho e Neném / Foto: Acervo da família
Casamento de Geraldinho e Neném / Foto: Acervo da família
Neném e Geraldinho / Foto: Acervo da família
Casamento de Geraldinho e Neném / Foto: Acervo da família
Casamento de Geraldinho e Neném / Foto: Acervo da família
Os Filhos

Pouco tempo depois do casamento, o casal foi agraciado com a notícia da gravidez de Neném, que, em 17 de dezembro do mesmo ano, deu à luz o primeiro filho, Geraldo Arnaud de Assis Terceiro. Quatro anos depois, em 18 de outubro de 1987, nasce a filha Danuta Rodrigues Calixto Arnaud.

Geraldinho, Terceiro e Danuta / Foto: Acervo da família

Geraldinho e Neném foram casados por aproximadamente 30 anos, e apesar de terem tido uma vida harmoniosa, se separaram em 2012.

Mesmo separados, nunca deixaram de conversar quando era necessário. E assim, criaram seus filhos com dignidade e zelo, ensinando-lhes os melhores caminhos a serem trilhados.

O Segundo Relacionamento

No início de 2013, Geraldinho e Candice Queiroga Gentil começam um novo ciclo em suas vidas, dando início a uma união estável que durou até o dia de sua partida, porém, a oficialização do relacionamento, em cartório, só aconteceu em 2018.

Seus últimos anos, ao lado de Candice, foram marcados pelo companheirismo, já que ela passou a ser sua assessora particular, e o acompanhava no dia a dia.

Candice e Geraldinho / Foto: Acervo da família
Candice e Geraldinho / Foto: Acervo da família
Candice e Geraldinho / Foto: Acervo da família

Preferências

Culinária

Geraldinho era um homem de gostos simples. Com o seu paladar, não era diferente. Suas comidas preferidas eram arroz de leite, galinha de capoeira cozida, guiné, sopas, rubacão, pirão, carnes assadas, doce de leite (preferencialmente o feito na roça) e açaí.

Futebol

Seus dois times do coração eram Corinthians e Campinense. Além destes, também era torcedor fervoroso da seleção brasileira de futebol. Geraldinho tinha grande admiração pelo Rei Pelé, porém, seu ídolo no futebol sempre foi Rivelino.

Devido à sua paixão pelo futebol, era colecionador da revista Placar, quando mais jovem, sendo uma das três pessoas que tinham a coleção completa da revista no Brasil, naquela época.

Cantores

Era um amante da música popular brasileira (MPB), e seus cantores preferidos eram Chico Buarque de Hollanda, Milton Nascimento, Paulo Diniz e Belchior.

Músicas

Suas obras preferidas eram Tanto amar (Chico Buarque), Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant), E agora, José? (Paulo Diniz e Carlos Drummond de Andrade), Menina da ladeira (João Só) e Reflections of my life (Thomas McAleese e William Campbell Jr. – interpretada por The Marmalade).

Filmes e Séries

Seus filmes favoritos eram os de ação, sobretudo os de faroeste. Seu seriado preferido era Bonanza, um seriado americano, exibido no Brasil na década de 1960 pela TV Tupi.

Leitura

Geraldinho adorava ler. Em suas viagens, era comum comprar tanto os livros de medicina, os quais nunca deixou de ler, quanto romances.

Além da revista Placar, também era assinante da revista Veja e de jornais impressos. Ler fazia parte da sua rotina diária.

Cães

Geraldinho gostava bastante de cães, e os seus preferidos foram Layka, uma fêmea da raça pastor alemão; Milla Fernanda, uma fêmea da raça poodle; e Lory Andreza, outra fêmea da raça poodle (filha de Milla).

Fazenda

Geraldinho sempre teve uma forte ligação com a zona rural e a Fazenda Covões, que pertencia à sua família. Situada no município de Paulista – PB, a fazenda era uma de suas paixões e lhe proporcionava grandes alegrias. Era lá que Geraldinho costumava receber os amigos e familiares, tanto para comemorações como para descanso.

Apesar de não participar ativamente do manejo dos animais, sempre foi um entusiasta e criador de várias espécies.

Fazenda Covões / Foto: Acervo da família
Vaidades

Geraldinho não teve uma vida movida por vaidades, porém, andar perfumado era uma marca que todos conheciam nele; gostava de perfumes fortes e preferia os nacionais (da marca O Boticário), mas também usava os importados. Para ele, era importante andar cheiroso, chegando a usar um frasco de perfume por semana.

Organização

Bastante organizado, Geraldinho tinha suas particularidades. Quando chegava aos hospitais, principalmente nos períodos em que foi diretor, visitava todos os quartos, dava descarga nos vasos sanitários, conferia se as dobradiças das portas estavam rangendo, e, se estivessem, já providenciava aplicação de óleo.  Ele fazia o mesmo em sua casa; nas horas vagas, fazia questão de participar diretamente das tarefas domésticas, priorizando a limpeza do ambiente em que vivia.

Personalidade

Dr. Geraldinho era um homem de personalidade forte, com jeito durão, mas, no fundo, era o oposto: generoso, simples e humilde. Nunca foi apegado a bens materiais, chegando a comprometer até as suas necessidades para satisfazer as dos outros. Com a sua essência acolhedora, tornou-se referência para familiares, colegas de trabalho e pacientes.

Apesar da rotina bem-preenchida, arrumava tempo para visitar os enfermos em suas casas, e, com recursos próprios, dava assistência aos mais necessitados.

Dr. Geraldinho / Foto: Acervo da família

Religiosidade

Sua rotina, por mais corrida que fosse, não o impedia de ir às missas do Pe. Erivan, na Igreja de São Pedro, em Pombal – PB, aos sábados às 17h; se, por algum motivo, não conseguisse comparecer, ia no domingo às 19h.

Além de dizimista, Geraldinho era solidário, fazendo doações para a execução de reformas da igreja e para a realização de eventos.

Vida Social

Geraldinho era um homem de família. Dedicado à sua profissão, folgava apenas aos domingos, quando costumava ficar em casa ou ir para a fazenda, onde adorava receber os amigos e familiares. Nesses dias, organizava a casa, assistia a filmes, jogos de futebol e jornais e, à noite, ia à missa.

Em qualquer dia da semana, à noite, se possível, passava pela casa de sua irmã, Ivanoska, e ficava na calçada proseando.

Nunca tirou férias, porém, nos últimos anos em que esteve entre nós, fazia viagens curtas, de no máximo uma semana. A viagem de turismo mais expressiva que fez, em toda a sua vida, foi quando visitou Gramado – RS, em 2013, na companhia de Candice. Depois disso, passou a viajar periodicamente, em junho e dezembro.

Durante toda a sua vida, dedicava o pouco tempo livre à sua família. E, nas festas mais relevantes do ano, visitava os mesmos lugares. Passava o carnaval na Fazenda Covões. No período das festas juninas, passou a ir à Campina Grande – PB, onde ficava pelo menos um fim de semana curtindo as festividades da cidade; os réveillons eram sempre na casa de Ivanoska, sua irmã, exceto os dois últimos, que passou no Hospital Regional de Pombal – PB, de plantão.

Candice e Geraldinho / Foto: Acervo da família

Despedida

Em 2020, a pandemia da Covid-19 atingiu o Brasil, aumentando significativamente a jornada de trabalho de todos os profissionais da saúde, e Dr. Geraldinho, mais uma vez, prontificou-se a lutar pelo seu povo. Mesmo diante do desconforto, enfrentou o até então desconhecido vírus, desde o início. Participou do planejamento do combate a Covid-19 na cidade de Pombal – PB, passando a dar plantões de 24 horas consecutivamente, pois, devido a sua vasta experiência e qualificação profissional, era ele quem realizava as intubações.

Quase cinco meses se passaram, e mesmo com todos os cuidados que tinha, Dr. Geraldinho contraiu o vírus. Com os sintomas se agravando, em 22 de julho, deu entrada no mesmo hospital em que trabalhava, Hospital Senador Rui Carneiro (Hospital Regional de Pombal – PB), onde recebeu os primeiros cuidados. Os dias foram passando e o seu quadro de saúde foi se agravando, até que se fez necessário a sua transferência para a capital paraibana. Foi transferido para o Hospital Universitário Lauro Wanderley em 27 de julho de 2020, onde permaneceu entubado e acabou não resistindo.

Dr. Geraldinho, nos deixou em 6 de agosto de 2020. Partiu deixando saudade, admiração, gratidão, respeito e ensinamentos que jamais serão esquecidos. Seu corpo retornou a Pombal – PB, onde foi recebido com muita comoção, sendo sepultado no cemitério Nossa Senhora do Carmo.

Depoimentos

Depoimentos da Equipe da UPA - Pombal - PB
Depoimentos da Equipe do Hospital Regional de Pombal - PB
Depoimentos dos Familiares e Amigos

Galeria de Fotos

Danuta, Geraldinho e Terceiro / Foto: Acervo da família
Danuta e Geraldinho / Foto: Acervo da família
Neném, Terceiro e Geraldinho / Foto: Acervo da família
Tata, Ivanoska, Nara, Geraldinho, Candice, Antônio Filho, Olenka, Adelandia, Odilon e Tita / Foto: Acervo da família
Candice e Geraldinho / Foto: Acervo da família
Nathalia, Geraldinho, Candice e Nathan / Foto: Acervo da família
Geraldinho, Ivanil e Beca / Foto: Acervo da família
Ivanoska, Odilon, Tita, Olenka e Geraldinho / Foto: Acervo da família
Geraldinho / Foto: Acervo da família
Objetos Pessoais / Foto: Acervo da família

Memorial MONT'SAINT

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Responsável pelo conteúdo da página:

Olenka Salgado de Assis Queiroga

Produção Geral:

MONT’SAINT

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