Ademir Soares do Nascimento

Memorial

Ademir Soares do Nascimento

Ademir Soares do Nascimento

Memorial

Ademir Soares do Nascimento

Uma História de Amor e Empatia

Referência para Todas as Gerações

Origem

Era abril de 1952, precisamente dia 16, quando o lar de José Paulino do Nascimento (Zé Paulino) e Josefa Soares do Nascimento (Zefinha), no Sítio Cancão – Tabira-PE, foi abençoado com a chegada de Ademir Soares do Nascimento (Demir). Um dia de muita alegria, pois, ainda que não soubessem, estava chegando alguém que mudaria positivamente a vida de muitas pessoas. Demir chegara naquele lar para se juntar aos irmãos que ali já estavam (Natércio, Jaíde, Hilda, Adeildo, Denir), era o 6° filho do casal, que mais tarde teria mais 8 filhos (Quitéria, Edvan, Ivete, Ismailda, Irneide, Roseildo, Edna e Elma) para compor aquela família.

Desde cedo, Demir já demonstrava ser uma pessoa ativa, tanto nas brincadeiras no terreiro de sua casa junto aos irmãos, como nas tarefas diárias da família. Numa época de muita seca e poucos recursos, já ajudava seu pai na roça e nos cuidados com os animais. Demonstrando sempre atenção e cuidados com os demais. Sempre muito caprichoso e esforçado, dava o seu melhor com as condições que tinha, enquanto não havia recursos melhores.

Ruínas da casa de Zé Paulino, no sítio Cancão - Tabira - PE / Foto: Acervo da família

Como toda boa criança daquela época, não poderiam faltar travessuras, e nisso ele também era especialista, algumas são lembradas até hoje. Ainda muito pequeno, aos 6 anos, saía do sítio Cancão para o Brejinho de Tabira (povoado que fica a uns 2 km de onde morava) com um carrinho de carneiros. Vez ou outra, o carrinho virava na estrada, e ele ficava chorando a espera de alguém para ajudá-lo (relatos do próprio Demir).

Ainda lembrando suas travessuras, seu irmão, Adeildo (Bal), conta que eles faziam cavalos de pau com varas e brincavam de vaquejada correndo atrás de tudo que era bicho (porco, cabras, perus, pavões, etc) até a exaustão. E tudo isso ocorria nas quartas-feiras quando seu pai estava na feira da cidade. Outro fato lembrado até hoje foi um medo que fez ao primo (Biu de Mila), onde colocou uma mangueira na fresta do telhado da casa de Biu, e começou falar “ôôô Biiiiu, eu vim te buscar”, dizem que Biu teve um medo tão grande que saiu em disparada correndo e gritando.

Outro fato, relatado por familiares, foi que certa vez, em uma crise de sonambulismo, Demir levantou a noite, pegou uma enxada e limpou uma roça inteira dormindo, fez o trabalho tão bem feito, que não cortou um pé de milho sequer. Sendo este, um dos acontecimentos mais curiosos e lembrando por seus familiares.

Nos anos 60, já adolescente, saia com seus irmãos para os forrós na redondeza, e se divertiam muito. Já no final dessa década, estudou para tirar a tão sonhada “carteira de motorista” (CNH), fato esse que ficou marcado por um ocorrido: acertou todas as questões da prova, porém, na hora de marcar o gabarito, se confundiu e marcou errado. O mais interessante estava por vir, ele não ficou triste com o ocorrido, pois seu irmão Denir passou nessa mesma prova, sendo motivo de muitas alegrias naquela ocasião, já que Demir queria muito que seu irmão passasse. Na oportunidade seguinte, fez a prova, passou e fez uma festa.

De vermelho Demir, ao centro Jurandir Ferreira, e à direita de terno azul, Denir Paulino / Foto: Acervo da família

Carreira

Em 1977, já no Rio de Janeiro, começou a trabalhar na CBI (empresa multinacional sediada em Houston nos EUA, e prestava serviços para Petrobrás montando refinarias aqui no Brasil), na função de ajudante. Sua primeira obra foi em uma plataforma de exploração de petróleo em Mangaratiba – Macaé-RJ, e como era distante, precisava sair muito cedo de casa, assim como também voltava tardiamente. Ainda em Mangaratiba, fez um teste para soldador, onde concluiu com êxito, e não demorou para se tornar um líder, pois soldava muito bem. Onde passava era admirado por todos, devido sua calma e competência. Também participou diretamente na ativação do reator da referida plataforma. Outra curiosidade que aconteceu na sua passagem por Mangaratiba, foi um episódio onde bandidos assaltaram o escritório da empresa no dia do pagamento. Na ocasião, Demir não hesitou, e com outros colegas de trabalho entraram no carro e correram atrás dos ladrões, e ajudaram a polícia a capturar os indivíduos. Logo após sua passagem por Mangaratiba, foi trabalhar em uma plataforma da Petrobras na Ilha das Cobras. Para chegar até seu novo local de trabalho, o trajeto era feito de helicóptero. Segundo o próprio, eles pulavam no alto mar, onde em seguida pegavam um bote para chegar até a plataforma. Ainda pela CBI, executou serviços em uma obra na cidade de Maceió-AL, e em 1979 outra em Barueri – SP.

Registro feito na obra de Mangaratiba - Macaé - RJ / Foto: Acervo da família

Movido pelo sonho de voltar a sua terra natal, ainda em 1979, decidiu voltar para Tabira e montar seu próprio negócio. Comprou mercadorias, abriu uma empresa, mas antes mesmo de começar as atividades, chegou à conclusão de que ainda não era a hora. Vendeu tudo, comprou um fusca e retornou para o Rio de Janeiro, onde prestou novamente alguns serviços para a CBI.

Registro feito na praia de Botafogo - Rio de Janeiro - RJ / Foto: Acervo da família

Em 1980, já morando em Santo André-SP, ingressou na Nordon Indústrias Metalúrgicas S/A, e passou a executar serviços no estado de Minas Gerais. Um fato importante que marcou esse período, foi uma crise de apendicite que o impossibilitou de voltar para casa, e acompanhar o nascimento do seu primeiro filho (Valdemar), ainda no ano de 1980.

Em 1982, muda-se para Paulínia-SP, onde monta um lava-jato em parceria com seu irmão Adeildo (Bal). Período esse que o possibilitou grande conhecimento na cidade e em pouco tempo o lava-jato passa a ser um local de compra e vendas de veículos. Tão breve, montam uma loja de carros (Cancão Veículos – que passou depois a se chamar Cancun Veículos).

Registro feito em frente a Cancun Veículos em 2007 / Foto: Acervo da família

Seu sonho de colocar um comércio em sua terra natal continuava vivo, e no início dos anos 90, mais uma vez vendeu tudo, e voltou para Tabira-PE.

Registro feito na viagem de volta para Tabira - PE, no início dos anos 90 / Foto: Acervo da família

Com seu irmão Denir, colocou a maior loja de bicicletas da região na época. Se tornaram atacadistas, e forneciam para diversos estados nordestinos. Ainda nesse período, comprou dois ônibus, e viajou pelo nordeste com viagens de turismo. Em busca de novas conquistas, sempre trabalhou com afinco e correu atrás dos seus objetivos.

Registro feito em Juazeiro do Norte - CE, durante excursão com romeiros / Foto: Acervo da família

Em 1996, Demir monta uma equipe de vendas de quadros, e começa a ter negócios em várias regiões. Sua equipe era considerada uma das mais organizadas, devido aos cuidados com o bem-estar de todos. Sempre demonstrando preocupação com os colaboradores, tinha todo um cuidado na acomodação das pessoas, e também na manutenção de sua frota de veículos, para que todos tivessem a melhor experiência possível ao trabalharem com ele. Foi nesse período, que seus ensinamentos se tornaram mais evidentes e influenciam pessoas até os dias atuais. Dentre alguns fatos que chamaram a atenção nesse período, certa vez um de seus veículos pegou fogo e quando o funcionário ligou para avisar, sua preocupação era exclusivamente saber se estavam todos bem. Em outra ocasião, foi assaltado em Castanhal-PA, e mesmo em meio a situação de risco, contornou e acalmou a todos. Situações boas ou ruins, não o impediam de fazer o que precisava ser feito.

Assim foi sua vida profissional. Sempre baseada na honestidade, na credibilidade, no respeito e no compromisso. O primeiro a chegar e o último a sair!

Família

Sempre muito amoroso com a família, conquistou admiração, carinho, respeito, e o amor de todos a sua volta. Tinha um amor incondicional pela sua mãe (Zefinha), assim como, admiração e respeito pelo seu pai (Zé Paulino). Demir era aquele irmão presente. Sempre que possível visitava a todos, ou fazia uma ligação. Com sua mensagem de esperança e fé, sua presença era sempre bem-vinda onde quer que fosse, e isso também o tornava uma pessoa especial.

O Casamento

Em agosto de 1972, conheceu Maria do Socorro Cordeiro Amorim (Corrinha), que se tornava ali sua namorada, e companheira de toda a vida. Casaram-se um ano depois, numa tarde ensolarada, na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, na cidade de Tabira – PE. A partir daí, 25 de agosto passou a ter um significado especial, pois marcava o início de uma nova fase na vida do casal.

Registro feito no momento da troca de alianças / Foto: Acervo da família

Após o casamento, houve um jantar para os padrinhos na casa da noiva. Um momento de muita alegria e felicidade, lembrado até hoje.

Registro feito ainda na igreja com os noivos e os padrinhos / Foto: Acervo da família

Nessa mesma noite, já no sítio Cancão, também houve comemoração com um tradicional forró pé de serra, ao som de um famoso sanfoneiro da região (Biu Bitú).

Vale ressaltar também, que a relação entre Demir e a família de Corrinha, sempre foi muito harmoniosa. Brincalhão e divertido, construiu fortes laços de amizade com todos os cunhados e pessoas próximas daquela família.

Registro feito na casa de Dona Alaíde - Santo André - SP / Foto: Acervo da família
Os Filhos

Em novembro de 1980, nasce o seu primogênito Valdemar Amorim Soares. Motivo de muitas alegrias, pois já haviam se passado alguns anos, e só agora o casal conseguia realizar o sonho do primeiro filho.

Tamanha felicidade não parou por aí e em 1988, no mês de fevereiro, nasce a segunda filha do casal, Mariana Amorim Soares. Um fato marcou sua chegada. O irmão Valdemar queria que seu nome fosse “Ana Maria”, devido a uma personagem de uma novela que ele tanto gostava, mas Demir com jeitinho, o convenceu a colocar “Mariana”.

Passados alguns anos, e após enfrentar vários problemas, dentre eles a perda de sua mãe (Zefinha), Demir é abençoado com a chegada de sua terceira filha Ana Júlia Siqueira Soares. Ana Júlia chegou para preencher o vazio deixado pela partida de sua mãe (Zefinha), e como ele mesmo dizia: “foi Deus que mandou Ana Júlia, para preencher esse vazio”.

Valdemar Amorim / Foto: Arquivo pessoal
Mariana Amorim / Foto: Arquivo pessoal
Ana Júlia Soares / Foto: Arquivo pessoal

Um pai muito presente e atencioso. Levantava a noite para ver como eles estavam, fazia ligações de horas quando estava em viagem. Era um bom conselheiro, sempre com o cuidado de levar seus conhecimentos e sabedoria até eles.

Os Netos

Demir também deixou cinco netos: Laura, Maurício e Guilherme, filhos de Valdemar; Isabela e Eduardo, filhos de Mariana.

Laura Soares / Foto: Arquivo pessoal
Maurício Amorim / Foto: Arquivo pessoal
Guilherme Amorim / Foto: Arquivo pessoal
Isabela Amorim / Foto: Arquivo pessoal
Eduardo Amorim / Foto: Arquivo pessoal

Paixão Pelo Futebol

Desde criança já demonstrava amor pelo futebol, nas brincadeiras do terreiro de sua casa com seus irmãos. Jogou em muitas equipes. Flamenguista de coração. Não perdia uma oportunidade de estar em campo. Incansável, jogava quatro tempos e ainda dizia que se tivesse oito, jogaria todos. Corria em média 8 km/dia. Uma energia invejável.

Em 1993, já em Tabira – PE, fez parte de uma das melhores equipes da época, o Cruzeiro de Araras, onde também ajudava na organização do time. Fizeram grandes partidas pela região. Dois desses jogos aconteceram em Santa Cruz da Baixa Verde – PE e Teixeira – PB, respectivamente contra times locais daquelas comunidades.

Como em tudo na vida, era o primeiro a entrar em campo e o último a sair. E se o jogo demorasse a começar, reclamava. Quando acabava, pedia para continuar.

Jogou em várias equipes, dentre elas: Cruzeiro de Araras, Atlético de Campos Novos, São Paulo do Trevo e América do Riacho do Gado. Jogou também em muitas equipes de veteranos, onde dizia ser muito novo para estar ali.

Muito forte e veloz em campo, era dono de um chute tão forte que chegava a derrubar seus adversários. Entrava na jogada para decidir, sem maldade, e quando excedia, logo pedia desculpas, assim fez muitas amizades, respeitou e foi muito respeitado.

Expressões do Seu Cotidiano

Cumprimentos
  • E aí, firmão?
  • Firme e forte?
  • Como tá a força?
Bordões
  • Vamos estudar…
  • Ta tudo caminhando.
  • Que é isso, pião?
Frases de Sabedoria
  • Tem gente que é tão pobre, que só tem dinheiro. Pobres de espírito!
  • O bom não é fazer, e sim poder fazer.
  • Bom é ter o crédito e não usar.
  • Bens materiais são ferramentas.
  • Casa tem que ter circulação de ar.
Ensinamentos
  • Quando estiver em meio a uma tempestade, não tente fazer nada, se afaste, observe, e quando o vendaval passar, volte e veja o que dá para arrumar.
  • Não se preocupe com o amanhã, se não deu tempo fazer o que tinha para fazer, durma, amanhã é um novo dia, e você continua.
Particularidades
  • Não tomava água gelada.
  • Comidas industrializadas, ou mais requintadas, dizia serem falsificadas.
  • Não gostava de abrir porta de garagem, preferia deixar o carro na rua.
  • Chamava crianças de “miudinho”.
  • Um homem de muita fé, e esperança.
  • Tinha o hábito de ler.
  • Carinhosamente, chamava os funcionários mais jovens de, “piãozinho”.
Gostos Culinários
  • Gostava de comidas simples.
  • Carne cortada em pedaços pequenos e bem passados.
  • Torresmo.
  • Buchada de bode.
  • Cuscuz com leite.
  • Xerém com leite.
  • Papa de aveia.
  • Cabeça de galo.
  • Mocotó.
  • Frutas, e em especial melancia.

Falava muito nas comidas feitas pelas pessoas mais velhas. Dizia fazerem com amor, que cozinhar ia além de colocar água, temperos e ingredientes. O segredo estava na mexida.

Tratamento e Luta Contra o Câncer

O Diagnóstico

Em junho de 2021, Demir foi a Campina Grande – PB, para dar continuidade a um tratamento odontológico que vinha adiando, e também para fazer algumas consultas, pois havia perdido muito peso, e se queixava de um “entalo” ao se alimentar. Após as consultas e vários exames, foi diagnosticado com um câncer no esôfago/estômago. Todos ficaram muito abalados com a notícia, enquanto ele tratou de forma serena e tranquila com as seguintes palavras: “se tiver tratamento nós vamos enfrentar, e se chegar a hora de ir, estou muito satisfeito com tudo que eu vivi, tive uma vida ótima”.

O Tratamento

Já no final de junho, passou a viver em Campina Grande, onde iniciaria o tratamento. Nesse período ficou 2 meses hospedado na casa de sua filha Mariana, e em seguida passou a morar em um apartamento ali próximo. O que ninguém sabia, é que ele nunca mais voltaria a Tabira, sua terra natal.

Foram cinco meses intensos em todos os sentidos, mas devido a sua capacidade de adaptação e determinação, era possível acreditar que daria tudo certo, embora tivesse um grande desafio pela frente.

Passou a fazer quimioterapia a cada quinze dias, e também realizava exames laboratoriais com frequência. Assim, mantinha uma rotina frequente de idas ao hospital. E apesar de ter tido um pouco de enjoo e falta de apetite após a primeira sessão de quimioterapia, as reações não eram tão agressivas, e logo ficava bem.

Passou a se alimentar melhor e a ganhar peso. Liberado pelo médico, continuou a se exercitar. Independente de qualquer coisa, todos os dias estava lá, firme e forte para executar sua jornada. Um exemplo de força e superação! Fazia suas caminhadas diariamente no açude velho e Parque da Criança. Conheceu a feira central onde comprava frutas e verduras e os utensílios que precisava. Estava encantado como o comércio de Campina Grande, dizia ser ótimo. Também gostava muito do Parque da Criança, e sempre falava: “isso é um espetáculo”.

Costumava deitar em uma rede no seu quarto com vista para o açude velho, onde lia seus livros e descansava.

Açude Velho - Campina Grande - PB / Foto: Reprodução
Feira Livre de Campina Grande - PB / Foto: Reprodução
Momento de Reflexão / Foto: Acervo da família
Os Cuidados

Devido à preocupação com seu peso, Corrinha sempre fazia as comidas que ele gostava. Dentre elas, rabada, xerém, bode guisado, buchada de bode, torresmo, mocotó, etc. Mariana relata, que nunca comeu tanto torresmo quanto nesse período, afinal sempre que podia, almoçava ou jantava com ele, desse modo foi possível uma aproximação maior com o genro (Arthur), e sua família (Adaino, Teresa, André, Diana, Maria Teresa, Gustavo e Saulo), firmando uma relação de respeito e admiração mútuo. Todos com participação fundamental nessa jornada. Além de poder aproveitar a companhia da sua neta Isabela, que sempre lhe visitava, e se divertiam bastante.

Registro feito em 08 de agosto de 2021 - Dia dos Pais / Foto: Acervo da família

Desde seu diagnóstico e cuidados iniciais, aguardava para a marcação de uma cirurgia que seria de grande importância para seu tratamento, e no dia 4 de novembro de 2021, que por coincidência, era o aniversário de sua neta Isabela, a tão esperada ligação para marcar sua cirurgia chegou. Agendada para o dia 16 do mesmo mês, foi motivo de muita alegria, pois era uma parte muito importante do tratamento e caminho para a cura. Sim, o caso dele tinha chances de cura, apesar de ser um procedimento muito agressivo. Foi uma cirurgia longa e delicada, mas que teve sucesso. Após dois dias, saiu da sedação e acordou, mas ainda estava bastante sonolento e aéreo. Não se sabe ao certo se estava tão consciente ou não, contudo, dois dias depois, houve uma complicação pulmonar e precisou voltar para a UTI. Entre melhoras e pioras, e apesar de estar muito confiante, nos deixou no dia 25 de novembro de 2021.

Depoimentos

“A nossa vida é de minuto. Amei demais o meu irmão. Um cara maravilhoso, que sempre me deu apoio, e jamais será esquecido.”

Roseildo Soares (Irmão)

“Meu irmão era tudo para mim, depois que ele se foi a vida perdeu o brilho, os prazeres não são os mesmos. Nada mais presta.”

Denir Paulino (Irmão)

“Você proporcionou muitas alegrias, a todos que tiveram o prazer de conviver ao seu lado. Você foi forte e superou os obstáculos que a vida lhe apresentou. Foi sábio e soube aproveitar os bons momentos com toda calma do mundo. Ensinou-me muitas coisas com sua maneira singular de encarar as situações adversas. Sua partida me fez ver o quanto ainda tínhamos que falar, fazer, e continuar escrevendo nossa história que não pode simplesmente ficar no vazio. Vazio este extremamente doloroso para todos nós. Queria ter tido mais tempo para viver em sua companhia. Tenho certeza que no mundo que você está agora, vai encantar a todos com sua presença. Descanse em paz meu irmão. Até o dia que nos encontramos novamente.  Saiba que quero lembrar de você com um sorriso no rosto, não com lágrimas.”

Adeildo Soares (Irmão)

“Demir sempre foi um irmão maravilhoso, um filho exemplar e um pai dedicado. Eu sinto a presença dele em várias coisas. Uma delas é no café da tarde, pois quando ele vinha da caminhada, eu já ficava esperando para conversar. Falávamos de tudo. Mesmo antes de nossos pais morrerem, ele sempre foi aquele que entendia e nos aconselhava. Muito organizado. Sempre que ele chegava e eu estava lavando a louça, ele falava: ‘Elma, coloca as facas com os cabos para cima, pra tu não se cortar’. São muitas lembranças. Agora só nos restam a saudade, e o vazio que ficou depois de sua partida. Só Deus para preencher esse vazio e sanar essa dor. Obrigado Deus, por não ter deixado-o sofrer.”

Elma Soares (Irmã)

“Você está vivo no meu coração. Foi um bom filho, um bom pai, e um bom avô. Uma pessoa muito amorosa. Falar sobre você não me causa tristeza e sim alegria. Uma pessoa tão bacana, o amor da minha vida era o meu irmão. E ele está vivo dentro de mim, e espero um dia reencontrá-lo. Não sei quando, mas vou, pois estou com muita saudade dele. Era uma pessoa de fé e de muito amor, e eu guardo essa brasa acesa no meu coração. Para sempre irei guardar.”

Quitéria Soares (Irmã)

“Demir era uma pessoa que considerava muito a gente. Era quem mais dava atenção, e nunca nos desprezou. Sempre nos escutava, e nos dava muitos conselhos. Quando estava viajando e vinha a Tabira, nunca esqueceu de nos procurar. Foi um dos irmãos que mais nos considerou e nos deu atenção.”

Ivete Soares (Irmã)

“Nossa relação era de muita confiança e amor. Meu irmão era uma pessoa que eu podia contar sempre. Tenho boas lembranças de tudo que vivemos, e é como se nada tivesse acontecido com ele, de tão presente que ele foi e continua sendo em minha vida. Me emociono muito quando lembro dele.”

Hilda Soares (Irmã)

“Meu irmão, nossa família sempre foi rica de pessoas maravilhosas, mas dentre todos, você sempre foi muito amoroso, apaziguador e conselheiro… Se destacou pelo cuidado e o zelo pelos que amava. Uma pessoa admirável que tomei como exemplo, pela garra que tinha para lutar pelos seus objetivos. A saudade chegou pelo ciclo inevitável da vida, mas o amor permanece aquecido pelas lembranças dos seus sorrisos. Te amo muito!”

Edna Soares (Irmã)

“Foi um Irmão maravilhoso, atencioso com todo mundo, um irmão nota 10. Só tenho coisas boas para falar dele. O meu irmão não tinha nada de mal. Sempre foi muito carinhoso com todos.”

Ismailda Soares (Irmã)

“Demir era muito trabalhador, e não via maldade em nada. Pra mim, é como se ele tivesse viajando e a qualquer momento vai chegar pra me visitar.”

Edvan Soares (Irmão)

“Demir representa tudo na minha vida. Ele é tudo pra mim. Tô achando estranho, ele não ter mais vindo aqui me ver.”

Jaíde Soares (Irmã)

“Era uma pessoa que tinha muita atenção com as outras pessoas. Falava com a gente, e esperava a gente falar também, para depois discutir alguma coisa. Para mim era a coisa mais importante quando eu me encontrava com ele.”

Toinho de Mila (Primo)

“Tio Demir para mim, foi um segundo pai. Sempre me dava conselhos nas horas que eu mais precisava!” 

Marcelo Soares (Sobrinho)

“Demir era uma pessoa muito amiga. Conselheiro. Vou guardar muitas lembranças!”

Rosivânia Soares (Amiga)

“Ademir era um grande amigo nosso aqui no Pará. Para nós, foi e é um grande homem. Um homem de responsabilidade, honesto, atencioso, alegre e respeitador. Faltam palavras para descrevê-lo. Só Deus para explicar uma pessoa como ele.”

Dona Bené (Amiga)

“Simplesmente o cara mais preparado que conheci. Com sua filosofia de vida simples, calmo, e a capacidade de contornar qualquer situação, tornou-se uma referência para mim. Guardei seus ensinamentos para a vida, e se hoje tivesse que definir meu sentimento em uma só palavra, essa seria: gratidão.”

Jean Soares (Amigo)

“Ter um pai e ser o seu melhor amigo, isso nos dias atuais não é tão fácil. Na verdade, uma amizade não nasce da noite para o dia. A nossa desde muito cedo vinha sendo construída. Foram 20 anos convivendo dia e noite, muito próximos, com muito diálogo, ensinamento, amor, consideração, respeito, vivenciando todas as faces que a vida impõe. Momentos diversos, não só de flores, mas de espinhos também, espinhos que muitas vezes atingem a nossa alma, mas que deixam lições para a vida, para o amadurecimento. Passamos por esses espinhos, o pior de todos os espinhos foi a doença dele, e com aquele espinho ele me deu a maior lição de vida que eu poderia ter, me mostrou o que é ser forte, o que é ser um verdadeiro herói, força, força era seu adjetivo.
Era sempre eu e ele para toda a vida. Meu pai era minha base, nós vivíamos de maneira conjunta, todos os meus paços eram passados por ele, um pai carinhoso, protetor, atencioso, me ensinou tudo que a vida poderia me desafiar, era meu parceiro até nos estudos, sempre acreditou em mim, e ele estava certo…
Enfim… Minha relação com meu pai era assim, forte demais para expressá-las em palavras. Hoje sinto meu peito derretendo de saudades dos momentos vividos ao lado dele.
A felicidade agora está distante como os mundos que nos separam.”

Ana Júlia Soares (Filha)

“Hoje venho com muita saudade falar de você, meu irmão. Saudade do irmão carinhoso, bondoso, protetor com a família, batalhador. Nós esperávamos ansiosos as suas chegadas a cada viagem. Hoje o que nos resta é o consolo, por saber que estás ao lado do nosso Deus, olhado por nós e nos protegendo junto ao pai. Te amo pra sempre meu irmão.”

Irneide Soares (Irmã)

“Demir foi muito importante na minha vida, foram 49 anos e 3 meses de convivência e cumplicidade. Como em todo relacionamento existiram altos e baixos, mas Demir se superou em tudo, sabia conduzir com sabedoria todas as pendências, foi um esposo e pai amoroso e muito presente, tinha um amor incondicional pelos filhos e pela família, um ser humano honesto e trabalhador, sempre procurando fazer o melhor pra vivermos em harmonia. Muito disciplinado em tudo pra se manter saudável.
Infelizmente foi acometido por uma doença que o levou muito cedo. Ainda tínhamos planos e sonhos pra serem realizados. Peço todos os dias a Deus forças pra superar tudo. E que ele seja luz na nossa vida.”

Maria do Socorro “Corrinha” (Viúva)

“Foram 5 meses do diagnóstico a despedida. A sabedoria e serenidade com que ele encarou foram tão incríveis, que esqueci da gravidade, só me apeguei a cura. Tive o privilégio de ter ele perto de mim nos últimos meses. Ele foi feliz aqui. Quando o deixei no hospital, não me despedi, porque acreditava que ia ser como uma sessão de quimioterapia, ia buscá-lo para ir pra casa de novo. Eu sei que era um procedimento complexo, mas eu acreditava que era possível. Mas Deus determinou que a caminhada por ali se encerrava. Assim como no diagnóstico, me mantive forte com sua partida. Minha mãe e Valdemar precisavam de força, mas ao voltar para casa confesso que não foi fácil parar de pensar nos últimos meses que ele esteve aqui, ele fazia parte da minha rotina, estava aqui bem pertinho, na verdade, por muito tempo parecia que estava lá, nos esperando. Eu sei que o tempo trará mais conforto e essas lembranças serão felizes. Quero agradecer a cada abraço, mensagem e outras demonstrações de carinho comigo e com minha família. Agradecer a todos os profissionais que conduziram ele até o fim, deram toda a assistência necessária. A Arthur e toda sua família que não pouparam esforços para ele ter o melhor tratamento e o melhor conforto aqui em Campina. E a Deus por ter me dado esses meses com ele. Descanse em paz e fique tranquilo, pois seguiremos nossa vida sem esquecer dos bons momentos e de tudo que você nos ensinou. Te amo, Pai.”

Mariana Amorim (Filha)

“Pai, te procuro todos os dias dentro de mim. Qualquer que seja a dúvida, me pergunto como você faria. De toda a minha vida, os melhores momentos, com certeza, foram ao seu lado. Gratidão por todo tempo que você dedicou a mim. Meu herói! Forte, corajoso e o mais honroso! Na minha memória vai ficar aquele olhar apaixonado, o abraço apertado e todo o cuidado que tinha por nós. Honro toda nossa história!”

Valdemar Amorim (Filho)

Galeria de Fotos

Demir, Valdemar e Corrinha / Foto: Acervo da família
Demir / Foto: Acervo da família
Demir e Dona Zefinha / Foto: Acervo da família
Demir, Corrinha, Valdemar, Jaíde, Mariana e Laura / Foto: Acervo da família
Corrinha, Demir e Mariana / Foto: Acervo da família
Ana Júlia e Demir / Foto: Acervo da família
Demir, Corrinha, Mariana e Valdemar / Foto: Acervo da família
Demir, Mariana, Corrinha e Valdemar / Foto: Acervo da família
Mariana, Guilherme, Valdemar, Maurício, Demir e Corrinha / Foto: Acervo da família
Mariana e Demir / Foto: Acervo da família
Ana Júlia e Demir / Foto: Acervo da família
Corrinha, Isabela e Demir / Foto: Acervo da família

Memorial MONT'SAINT

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Responsável pelas informações da página:

Maria do Socorro Cordeiro Amorim Soares

Produção Geral:

MONT’SAINT

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